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Mostrando postagens de outubro, 2018

QUEEN: RHAPSODY IN BLUE

  Um dos filmes mais esperados desta reta final do ano é 'Bohemian rhapsody', que estreia no Brasil neste feriado de primeiro de novembro. É uma semi-biografia do Queen, e de seu carismático líder, o falecido Freddie Mercury. Semi, porque não entra de fato nem na complexa persona do camarada nascido Farrouk Bulsara, nem na trajetória da banda de fato (os demais integrantes, Brian May, Roger Taylor e John Deacon, são meros coadjuvantes unidimensionais). O filme se fixa num período, que vai desde o começo da banda até a consagração na sensacional performance no evento Live Aid, em 1985 (alguns meses depois de terem tocado aqui, no Rock in Rio, para a maior plateia, ao vivo, de sua carreira; já que, a do Live Aid, alcançou um público global maior, pois transmitido pela TV para mais de 100 países). Foram 20 minutos eletrizantes, que o filme mostra quase na íntegra. Muito falou-se que o filme seria chapa branca e família demais, pela saída de Sasha Baron Cohen, que queria uma

A AMIZADE QUE MUDOU UMA VIDA

Filmar biografias, não é fácil. Difícil, é achar o tom, não endeusar demais o(s) enfocado(s), não inventar muitas coisas, para não desandar – ainda que, toda cinebiografia, acrescente personagens fictícios, para ligar pontos. E, o principal: focar num recorte especifico, para não deixar o espectador perdido em citações.    ‘Legalize já’, de Johnny Araujo, faz tudo isso, com segurança. Ele não pretende contar ‘a verdadeira história do Planet Hemp’ (sensacional banda carioca dos anos 90, que apareceu com uma boa mistura de rock e hip-hop e um discurso a favor da legalização da maconha). Mas, a amizade que fez tudo acontecer, entre o camelô Marcelo e o inquieto Luz Antonio, o Skunk (ótima caracterização de Ícaro Silva). Skunk, mudou a vida de Marcelo (que virou D2). Mas, infelizmente, não viveu o bastante para desfrutar da fama. Foi levado pela Aids.   Embora o diretor (que também dirigiu clips para o PH) não demonstre neste o mesmo tour de force, do que em ‘O magnat

MICHAEL MYERS ESTÁ DE VOLTA! E, EM BOA FORMA

   E assim, se passaram 40 anos (!), desde que o assassino em série Michael Myers, estreasse no cinema, com a primeira versão de ‘Halloween’ (1978), filme que botou o nome do diretor John Carpenter no mapa, e abriu caminho para toda sorte de slashers mascarados, a começar pelo Jason, da cinessérie ‘Sexta-feira 13’.   Como forma de comemorar a data, Michael está de volta em grande estilo, nesta que é, sem dúvida, a melhor versão de todas, desde os dois primeiros (a parte 2, feita em 1982, se passa na mesma noite e começa imediatamente no final do primeiro), após sequencias e remakes/reboots sem inspiração (inclusive, uma a cargo de Rob Zombie, que decepcionou). É um filme de terror de fato. Não um manjado desfile de cenas para fazer pular na cadeira, com o truque da música alta. Neste, até o mais escolado fã do gênero, vai olhar para o lado em algumas partes. É realmente assustador.    Apesar da direção segura de David Gordon Green (que dirigiu episódios da ótima

O ASTRONAUTA DE MÁRMORE

Passado o verão nos EUA, começam a chegar os primeiros filmes, digamos, mais 'sérios' e que, de certa forma, tentam concorrer a indicações ao Oscar. Dois destes, já estão em cartaz aqui: a nova versão para 'Nasce uma estrela' (vide post anterior) e 'O primeiro homem' (first man), o novo de Damien Chazelle, que, ha dois anos, foi a sensação das premiações de cinema com 'La La land' (pelo qual ganhou Oscar de diretor). Deste, Chazelle trouxe de volta Ryan Gosling, que, segundo o diretor, foi a sua primeira e única opção para interpretar o astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua. Aliás, o filme, é baseado em livro de mesmo nome, em inglês. Por isso, mais do que contar a história da corrida espacial (como o excelente 'Os eleitos/the right stuff', de Philip Kauffman, baseado em livro de Tom Wolfe, o fez muito bem), este, mostra um recorte da vida de Armstrong, que se aplicou para o cargo de astronauta, na NASA, e acabou sendo

QUINCY JONES: UMA VERDADEIRA LENDA VIVA

  O músico, produtor, arranjador, executivo e o que mais for, Quincy Jones, já fez tantas coisas nessa vida, que, um documentário de duas horas, mal dá para explorar com detalhes a carreira do camarada, que está com 85 anos.  Dirigido/filmado por sua filha Rashida Jones (atriz, conhecida na versão americana de ‘The office’), o documentário ‘Quincy’, acabou de entrar no catálogo da Netflix. E, mesmo revelando um bocado de coisas, mal consegue se aprofundar em tudo. Já que, cada fase da vida do lendário mr. Q, valeria um doc à parte.    Rashida optou por não ser linear. Começa pelos tempos atuais, mostrando o coma no qual ele ficou, por cinco dias, em 2015 (causado por álcool e diabetes) e, depois, se altera entre vais e vens no tempo, mostrando o menino, que nasceu num cenário de extrema pobreza, em Chicago (sua mãe, doente mental, cozinhava ratos para os filhos!), até ‘ver a luz’, quando se deparou com um piano. Então, Quincy Delight Jones Jr., percebeu que, aquilo, era o

A ESTRELA (RE)NASCE. DE NOVO

   Por conta da nova versão cinematográfica para 'Nasce uma estrela' ('A star is born'), assisti aos três filmes que a precederam: a versão original, de 1937; seu primeiro remake, o suntuoso filme de 1954, em Cinemascope, com Judy Garland (a da qual ouvimos mais falar) e a de 1976, com Barbra Streisand. Todas, bem distintas entre si. Nem todas, musicais.  A primeira, trata exclusivamente do mundo do cinema. E, não é musical. É uma especie de template para aquela historia da pessoa que vem do interior e vai para Hollywood tentando ser alguém. Mas, esbarra em vários obstáculos, até, finalmente, triunfar. É um filme mais simples, curto e direto ao assunto (e, o primeiro da história do cinema, feito em Technicolor). Como é dedicada ao mundo do cinema, uma das cenas se passa durante uma verdadeira cerimonia de entrega do Oscar, então um premio novo, não tinha nem dez anos. as categorias eram poucas e tudo acontecia num salão simples. Tem um pouco de humor e critica a
   A 'coveira' Tatiana Leal (que, conheço ha seculos como Fraulein), nos enviou um pequeno relato do show de Peter Murphy, no ultimo domingo (7/out), no carioca club/sp. Pedrinho, voltou a SP (onde ja fez show solo antes), acompanhado do baixista david J, para comemorar os 40 anos do primeiro disco do bauhaus, 'in the flat field'. por isso, alem de tocar o disco na integra, tbm incluiu os maiores hits do bauhaus, na segunda parte do show. então, leiam o relato de Fraulein:  'Aceitei a aventura de viajar 13 horas de bate e volta pra São Paulo, e não me arrependo. Iria ver nada menos que show de dois dos integrantes de uma das bandas mais importantes do cenário Post Punk: Bauhaus. Peter Murphy e David J. vocalista mais baixista na formação original, em turnê 'Ruby Tour' comemorando 40 anos do álbum de estreia da banda "In The Flat Field’ tocado na íntegra.   Platéia 100% de fãs, sabendo cantar todas as músicas, lotou o pequeno Carioca

VENOM: O LINGUARUDO DIVERTIDO

   O filme do Venom já está em cartaz em toda parte. é do tipo ame/odeie. se vc for nerd de quadrinhos, e gosta de tudo certinho, vai se desapontar bastante. se quer apenas um passatempo ligeiro, com alguma ação e humor, vai curtir. no fim das contas, 'Venom', é quase uma comédia. Tanto que, dois de seus atores principais, Riz Ahmed e Jenny Slater, são egressos do humor.    O ponto positivo no filme é Tom Hardy. ele realmente se empenha no duplo papel do jornalista Eddie Brock e do hospedeiro alienígena, Venom, que entra em seu corpo como um vírus e vai se integrando a ele por simbiose. é um trabalho que exige muito dele, fisicamente. Hardy disse que, topou fazer o filme, por causa de seu filho, que é fã do personagem. E que, assim, poderia assistir a um raro trabalho de seu pai, que não é improprio para menores. o filho, deve ter curtido.    O ponto negativo, é o roteiro, que tem uns sérios problemas. desde a mudança brusca de personalidade da personagem de Michelle W

O MONDO CANE DE MIKE PATTON (BS AS/STGO 2018)

Em meados de abril, após alguns anos de inatividade, foram anunciados shows na Argentina e no Chile do Mondo Cane, um dos múltiplos projetos do Mike Patton (Faith No More, Mr Bungle, Fantomas, Tomahawk, Lovage, Dead Cross, etc), Esse projeto, que ele iniciou há pouco mais de 10 anos e conta até o momento com apenas um disco (lançado em 2010), é uma releitura de antigas canções italianas, onde a maioria delas foi parte de trilhas sonoras de filmes locais na década de 60, e pelas quais ele teria se interessado em um período em que morou na Itália. Assim como em 2011, foram anunciados shows em Buenos Aires e Santiago, cidades onde há um considerável público fã dos trabalhos do Patton. O Brasil também fez parte da turnê em 2011, com um show no Rock in Rio (elogiado pela crítica na época), mas aparentemente nenhum produtor local se dispôs a investir na empreitada em 2018. Ainda em comparação a 2011, foram agendados inicialmente um show em cada cidade, mas foram