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Mostrando postagens de março, 2018

LARA CROFT: FILHINHA DO PAPAI

  Estreia esta semana, em grande parte do planeta, o reboot de 'Tomb raider', filme baseado em famoso videogame, lançado em 1996, para PlayStation, que, logo se transformou numa febre mundial. E, transformou sua heroína/protagonista, Lara Croft, numa pinup dos novos tempos (na época, a bonequinha digital ganhou mais capas de revistas do que muitas modelos famosas de carne e osso). Lara, por sua vez, era uma espécie de versão teen/feminina de Indiana Jones, e vivia situações parecidas com as do personagem do jogo 'Pitfall' (Atari), só que com muito mais qualidade gráfica e desafios. Nem é a primeira vez de Lara Croft na tela grande. No começo dos anos 2000, ela foi encarnada por Angelina Jolie, em dois filmes (um 'marromeno'; outro, bem fraco), que fizeram boa grana nas bilheterias (mas, não o bastante para fechar uma trilogia, já que o segundo, meio que decepcionou). Eram super produções da Paramount. Neles, Lara era uma mulher mais sofisticada (já que h

CINEMA NA TV OU O CONTRÁRIO?

  As fronteiras entre cinema e TV, estão se estreitando, cada vez mais. Graças, em parte, aos serviços de streaming, que estão dando vazão a um tipo de produção, que não teria vez nas TVs abertas. Ou, nos cinemas, atualmente (que preferem se garantir, cada vez mais, no 'certo', do que no artístico). Plataformas como Hulu, Amazon, Crackle e, sobretudo, Netflix (a mais popular), são a 'tv a cabo' dos novos tempos, apostando cada vez mais em séries elaboradas (como era, e ainda é, uma marca da HBO, por exemplo, o que tirou aquela pecha ruim da frase 'feito para TV') e mesmo comprando ou bancando filmes, que não tiveram/teriam boa distribuição nos cinemas. Os caminhos para um filme chegar as salas de cinema, estão cada vez mais tortuosos, por conta de mil entraves com distribuidores e outros fatores, que incluem ate os donos das redes exibidoras. Em cerca de dois meses, Netflix, por exemplo, lançou três produções que bem poderiam ter ido (e, iriam) para

THE HANDMAID´S TALE

  A série de sucesso -- de audiência e crítica --, do serviço de streaming Hulu (que não tem representação aqui), vai, finalmente, estrear no Brasil, através do canal pago Paramount, neste domingo, às 21h. Para quem ficou curioso para ver (devido aos inúmeros premios que ganhou nos Emmy e Golden Globes, principalmente, os de melhor série) e não tem o habito de fazer download, é um programa imperdível. Principalmente, porque, neste domingo, o Paramount Channel estará com o sinal aberto, em todas as operadoras. Baseado em livro de Margaret Atwood (ainda viva, que foi consultora ativa da série), se passa num futuro distópico, quando a parte leste dos Estados Unidos virou uma nação separada do resto do país (e, do mundo, também): uma ditadura teocratica e fundamentalista, regida por uma nova religião, na qual as mulheres são tratadas como cidadãs de segunda classe. Neste futuro, as mulheres deixaram de gerar filhos, por conta de um vírus advindo depois de uma guerra, que envolveu a

ESTREIAS DA SEMANA 08/03/18

Pegando carona no dia internacional da mulher, os lançamentos desta semana, nos cinemas brasileiros, optaram por filmes onde a mulher é o foco. É o caso do nacional 'Encantados', de Tizuka Yamasaki, que fala de uma menina  no norte do país (Pará), que tem o dom de se conectar com seres místicos da natureza; já o inglês 'Daphne', mostra uma garota dos dias atuais, cínica em relação ao mundo, que um dia, ao testemunhar uma cena de crime, reavalia a vida; o argentino 'Uma espécie de família', é sobre uma médica de Buenos Aires, que espera o nascimento de um bebe do interior, que será dotado por ela. Só que, na hora de pagar o bebê, ela passa a ser chantageada pelas pessoas que fizeram o acordo, expondo um tipo de máfia; o francês 'A número um', foca numa executiva de uma grande empresa, na casa dos 40, que sofre forte pressão em seu meio, apenas por ser mulher. Mas, é uma mulher forte; e, o americano 'Medo profundo', mostra a terrível situação de

O HERÓI DE MEIA-IDADE

  Nos últimos anos, o ator irlandês Liam Neeson, 65, se transformou numa espécie de herói, relutante, o homem comum, pacato e ordeiro que, ao se ver as voltas com uma situação limite, que coloca em risco o próximo e, sobretudo, sua família, vira um herói de ação, usando de sua força e intelecto. E, encontrou no diretor catalão Jaume Collet-Serra, seu melhor aliado nessa linha de filmes. Assim, mesmo dizendo, de vez em quando, que vai parar de fazer esse tipo de filme (também fez alguns com a produtora do Luc Besson, sendo o mais famoso deles, 'Taken/busca implacável', que teve duas sequencias. e foi o que o alçou a estrelar este tipo de filme, nos últimos anos: baratos e altamente lucrativos. Neles, faz o herói comum, o culpado errado, o personagem inocente de algum filme do Hitchcock. Só que não galã, a la Cary Grant. Mas, um homem de meia-idade (na casa dos 50-60), que, mesmo assim, encontra forças para lutar. E, os filmes, são ótimos prazeres culpados. O mais re

OSCAR 2018: OS FILMES

A cerimonia dos Oscars 2018, é neste domingo (4/março). Este ano, são nove filmes competindo na categoria principal. Curiosamente, muitos títulos com cara de alternativos, ou de frequentadores do circuito independente. A principio, de certo (mas, nada é certo), só os prêmios de melhor ator (Gary Oldman) e atriz (Frances McDormand). Barbadas. Na categoria diretor, pode ser que seja a vez de Guillermo del Toro, que, assim, seria mais um mexicano a ganhar nesta categoria (seguindo Innaritu e Cuarón, nos últimos anos). Filme? Muitos apostam em 'A forma da água', do GDT, ou em 'Corra!", do Jordan Peele. Mas, se 'Tres anúncios para um crime', atropelar por fora, não será surpresa. Abaixo, minhas impressões sobre cada filme. Opine vc tbm. DUNKIRK = O meu favorito de 2017. Justamente porque, além de ser um filme de guerra atípico (não há heróis, nem vitorias, mas uma fuga) te leva para dentro da guerra, e de como é ruim estar lá. Traz de volta o prazer de se