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Mostrando postagens de setembro, 2019

O ASTRONAUTA E OS CROCODILOS

AD ASTRA: RUMO ÀS ESTRELAS       Espaço, a fronteira final, dizia voz na abertura de ‘Star trek’, na TV. 50 anos depois, mal saímos da lua ainda, e estamos tentando ir à marte. Em ‘Ad astra: rumo às estrelas’, o diretor James Gray (‘Z: A cidade perdida’, 2016) nos leva um pouco mais longe: aos confins de nossa galáxia. É para lá que é enviado o astronauta Roy McBride (Brad Pitt), na tentativa de encontrar um veterano astronauta (Tommy Lee Jones) que foi dado como desaparecido, numa missão até Netuno. O desaparecido, é seu pai.    Nesta jornada, íntima e pessoal (Pitt, em ótima atuação, digan de prêmios, é quase sempre o único em cena, perdido em seus pensamentos), Gray nos dá um filme que lembra, esteticamente, sci-fis clássicos dos anos 1970, até pela fotografia granulada. Os efeitos especiais são bons e discretos, e o que importa, verdadeiramente, é a trama. No caminho, vai nos acenando com referências que vão do clássico ‘2001’ a ‘O enigma de Andromeda’ (1971) e até

BRUUUUCE É A LUZ QUE NÃO CEGA

Recentemente, em ‘Yesterday’, pequeno filme, dirigido por Danny Boyle (‘Trainspotting’), vimos o que aconteceu na vida de um jovem musico medíocre (e filho de imigrantes indianos), por apenas só ele lembrar das músicas dos Beatles, num mundo onde – por conta de um evento fantástico - os Fab Four jamais existiram.   Agora, está em cartaz ‘A música da minha vida’ (‘Blinded by the light’), que apresenta um jovem britânico, descendente de paquistaneses, que tem a vida completamente transformada, depois que descobre a obra de Bruce Springsteen. Só que, desta vez, baseado em fatos reais.    Desta vez, a trama não se passa nos dias atuais, como em ‘Yesterday’, mas nos anos 80. Mais precisamente em 1987, quando Javed (Viveik Kalra), jovem aspirante a jornalista, descobre nas letras do Boss (como o musico americano é conhecido por seus fãs) a voz para suas angustias, o artista que lhe mostra a luz. Quantas vezes isso não aconteceu em nossas vidas? Bem me lembro, quando ouvi o pri

TERROR ÀS CLARAS

       Há pouco mais de um ano, o diretor estreante em longas, Ari Aster, surpreendeu público e crítica, com ‘Hereditário’, um horror moderno, que lembrava o clima de clássicos do gênero, como ‘O bebê de Rosemary’ (1968), de Polanski, por mostrar pouco e assustar muito, com enredo que construía uma atmosfera de terror aos poucos e deixava a plateia atônita. O tipo de filme que te faz sair da sala ‘bolado’.    Por isso, mal ‘Hereditário’ estreou, Aster ganhou luz verde para já começar a rodar ‘Midsommar’, que estreia no Brasil esta semana, com o subtítulo ‘O mal não espera a noite’. Mais uma vez, é um filme que tem sua atmosfera construída lentamente (e, até por isso, dura 2h40m) e, como o filme anterior, também tem a ver com um culto. No caso, mostra jovens americanos que vão acompanhar celebração do solstício de verão, na Suécia. Só que, na vila em que vão, levados por um amigo local, lá, a cada 90 anos, ela acontece de uma forma diferente. E, eles vão descobrir isso,