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Mostrando postagens de junho, 2019

BOAS PROFECIAS. ALTAS RISADAS

A notícia mais ridícula - e engraçada -, no mundo do entretenimento, do mês, foi aquela que dizia assim: ‘grupos cristãos, nos Estados Unidos, fazem petição para que a Netflix tire ‘Good omens’ do ar’. No que a Netflix prontamente concordou (Ok, faremos isso imediatamente). Isto porque, a série é uma produção da concorrente Amazon. Esta, também respondeu, brincando: ‘Concordamos em cancelar ‘Good omens’ se a Netflix acabar com ‘Stranger things’.  E, todos riram alto.   Pois é. A popularidade da Netflix, fez com que atribuíssem a este serviço de streaming a exibição da produção britânica, bancada pela Amazon, baseada em livro (aqui, ‘Belas maldições’), de Neil Gaiman e Terry Pratchett. No que alguém (na verdade, a revista satírica ‘Mad’) já batizou de ‘monostreamists’, aqueles que só conhecem (ou usam) um único serviço de streaming. Aliás, é por conta disso, que muita gente desconhece o conteúdo de outras partes, achando que tudo está no Netflix. Hulu, Amazon e outro serviços

PHOEBE WALLER-BRIDGE: QUE REVELAÇÃO!

      Falamos muito de séries e programas e, por vezes, não damos o devido crédito aos seus criadores. Muitas vezes, é por falta de alguma coisa que chame a atenção mesmo. Nem sempre aparece alguém que se destaque na multidão, como o Ricky Gervais (‘The office’, ‘Extras’, atualmente com ‘Afterlife’, na Netflix) ou Lena Dunham (‘Girls’, do HBO).      Mas, quando aparece, merece todos os créditos e divulgação. Como é o caso da inglesa Phoebe (Mary) Waller-Bridge, 33. Seu nome, me chamou a atenção, a princípio, enquanto assistia a primeira temporada de ‘Killing Eve’ (da BBC America, aqui via GloboPlay). Pensava: ‘Quem é a roteirista dessa maravilha?’. Apesar de ‘Killing Eve’ ser adaptada de uma série de livros chamada ‘Villanelle’, de Luke Jennings, Phoebe deu um molho todo especial à trama de espionagem, com um lado psicosexual forte e bem-humorado, que logo prende o espectador. O resultado: BAFTA para Phoebe, Jodie Comer (que faz Villanelle, leia post anterior neste blog) e

BIG TREP: 30 ANOS SEM TIRAR

  Outro documentário musical muito bacana, que está na programação do in-Edit Brasil 2019, é '30 anos de anonimato', de Felipe David Rodrigues. Ele conta a trajetória da improvável banda de psychobilly carioca A Grande Trepada (que, por um tempo, teve de usar o nome Big Trep, para não chocar), que, surgida nos anos 80, continua até hoje na ativa. Mas, mais do que contar a saga da Big Trep, o doc serve também (sobretudo na primeira hora) para mostrar como era a cena alternativa rock no Rio De Janeiro, principalmente. Cenas, áudios e depoimentos de gente que testemunhou e viveu a época, soam como memórias preciosas, de um país que não dá muita bola para a sua história. Sobretudo de coisas menos 'comerciais'.  Não perca.   (abaixo, trechos do release enviado pelo diretor) A  banda  A   Grande   Trepada , ou para os castos Bigtrep (intraduzível), iniciou suas atividades no Rio de Janeiro em 1986. Pioneiros do gênero psychobilly – estilo que mistura o rock clássico do

DECK: 20 ANOS A SERVIÇO DA MÚSICA

    A Deck é a única gravadora em atividade no Brasil (é local, não multinacional) que ainda lança produtos em todas as mídias: CD, DVD, LP (vinil) e, agora também fitas cassete (!). Parece coisa de louco. Mas, eles não apenas reativaram a última fábrica de vinil que existia no Brasil (em Belford Roxo, na Baixada Fluminense/RJ), depois de dois anos de muito trabalho, como trouxeram de volta as infames fitinhas, que enrolam e partem. Mas, pelo lado do ritual, é tão bacana abrir a embalagem delas (ao estilo maço de cigarros, puxando a fitinha vermelha) que dá vontade de ter apenas pelo fetiche. Como tem gente que, mesmo sem toca-discos em casa, compra vinil pela beleza da capa e importância do disco. Aliás, a Deck lança títulos em vinil, de 180g, sobretudo clássicos que estavam fora de catálogo, como a decana banda de rock Casa das Máquinas, ou a coleção dos Mutantes, por exemplo.     E, para comemorar seus 20 anos, a Deck é o personagem principal do documentário &q

UMA LENDA RENOVADA

  Em tempos em que os filmes de terror são tão previsíveis, nada assustadores e feitos para virar série (poucos, como o ótimo ‘Hereditário’, escapam disso), é alentador assistir a este ‘O Golem’ (‘The Golem’), dos irmãos Paz (Doron e Yoav, que assinam como PAZ Brothers), que, antes, haviam feito o assustador ‘JeruZalem’ (2015), também na área do horror e usando referências do folclore judaico. Eles não tentam soar ‘moderninhos’ e recontam o mito de forma precisa e com exatas doses de fantástico.   É uma nova versão para uma antiga lenda judaica, pouco explorada no cinema (embora tenha sido um dos primeiros filmes do gênero terror lançados, a versão muda é de 1920). No conto original, um rabino traz a vida o Golem, ser feito de barro, para proteger os judeus de perseguição, na Praga do século XVI. Agora, é uma mulher quem revive a criatura, sob a forma de criança, para proteger sua aldeia de ser atacada por um grupo que acha que foram eles, os judeus, que espalharam a

CHERNOBYL: ASSOMBROSA REALIDADE

Encerrou esta semana, na HBO (mas já disponível no aplicativo HBO GO), a exibição da minissérie ‘Chernobyl’, que, desde já, é uma das melhores produções do ano feitas para a TV. Produzida com o esmero habitual do canal (a concorrência ainda tem muito o que aprender com eles, neste quesito), em apenas cinco capítulos, de 60 minutos cada, ela nos dá a dimensão real (e bastante assustadora) do que foi o maior acidente com uma usina nuclear, até hoje. Pelo menos, do que ficamos sabendo.    Isto, porque, nos agora já distantes anos 1980 (em abril de 1986), o acidente com o reator da usina nuclear russa - então ainda União Soviética, sob regime ditatorial comunista - teria passado batido. Não fosse o fato de partículas radioativas terem sido levadas pelo vento, até a Suécia. E, lá, depois de analisadas, foi dado o alarme de que algo muito perigoso tinha acontecido para os lados da então Cortina de Ferro (o regime comunista vivia seus últimos anos, ainda sob a égide da Guerra Fr