Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2020

1917: AÇÃO NUM FÔLEGO SÓ

   O novo filme de Sam Mendes, ‘1917’ (que já ganhou o Globo de Ouro de melhor filme, e concorre ao Oscar 2020 na mesma categoria, como um dos favoritos) tem como principal chamativo o fato de ter sido filmado ‘num take só’. Ele começa num determinado ponto - mostrando um jovem soldado, incumbido de levar uma mensagem além das linhas inimigas - e termina quando este mesmo soldado chega ao seu destino. De um ponto ao outro, acompanhamos toda a sua jornada, de uma vez só, como se fossemos a câmera, teoricamente, sem takes extras.    Mas, sabemos que não é bem assim. E que, isso, nem é novidade. O recente ‘Birdman’ (que ganhou Oscars de melhor filme e direção, em 2015), teoricamente, também foi rodado assim, ‘num take só’. Sem contar o pioneirismo de Alfred Hitchcock, que, em 1948, já havia rodado ‘Festim diabólico’ (‘Rope’), da mesma forma. No caso de Hitch, sem os recursos que os computadores nos dão hoje em dia, ele teve de calcular exatamente quando os rolos dos filmes a

O FIM DO TESTE DO SOFÁ

A faísca do movimento ‘me too’, que luta contra o assédio sexual em locais de trabalho (não só), começou em 2006, envolvendo uma pessoa no MySpace. Mas, só na década passada, explodiu. E, nos Estados Unidos, um dos casos mais fortes, certamente, foi o que envolveu acusações contra Roger Ailes, diretor do canal Fox News, que, depois de acusado por uma das apresentadoras da emissora (após ter sido mandada embora por ele), acabou fazendo com que outras funcionárias e apresentadoras tomassem coragem para denunciá-lo.    Essa história, é mais ou menos contada, em ‘O escândalo’ (‘Bombshell’), de Jay Roach, que estreia no Brasil esta semana. Mais ou menos, porque o filme não mergulha a fundo no caso, apenas o revela, pelo olhar de duas das mais (então) famosas apresentadoras da rede, as louras Gretchen Carlson (Nicole Kidman) e Megyn Kelly (Charlize Theron); e de uma terceira personagem, fictícia (feita por Margot Robbie), que está lá para representar e fazer as ligações entre f

O FALSO BRILHO DA AMBIÇÃO

Adam Sandler é o tipo do ator ame/odeie. Ele faz um humor que americano adora (seus filmes, por pior que sejam, faturam muito bem nos EUA, embora venham fazendo menos sucesso ultimamente) e nosotros aqui não gostamos tanto assim. Geralmente, faz tipos metidos a engraçadinhos, mas que, no fundo, são verdadeiros malas-sem-alça. É essa a imagem que ele passa, do camarada carismático, mas irritante.    Pois bem, em ‘Jóias brutas’ (‘Uncut gems’), Sandler (que, geralmente, produz seus próprios filmes e, aqui, está controlado; ou seja: não é um filme de Adam Sandler, mas com ele) explora muito bem esse tipo, elevado à enésima potência, num trabalho bastante tenso e sério, que não tem nada de engraçado, a não ser nos fazer rir de nervoso.  Como Howard Ratner, um joalheiro judeu do distrito dos diamantes, em Manhattan, que vive a vida freneticamente, equilibrado em apostas vultosas em jogos de basquete, penhora de relógios caríssimos e outros escambos. Tudo em volta da caótica vid

2019 em revista (work in progress)

algumas cosias que achei bacana no ano passado: 'THE MANDALORIAN' = a série derivada do universo star wars com o mandaloriano (pedro pascal), concebida por jon favreau, é uma maravilha para fãs e não fãs. Traz a estética dos filmes originais, um personagem misterioso e carismático (apesar de sempre de capacete), um clima de western com filme de samurai e, a grande cartada: baby yoda! até a trilha sonora e os atores coadjuvantes (entre eles werner herzog!) são perfeitos. unica serie do ano que assisti cada episódio com gosto, esperando pelo da semana seguinte (toda sexta-feira). chegará aqui em meados do ano, via disney+ TAMBÉM NA TV: 'SUCCESSION' E 'YEARS & YEARS" (HBO), nada que netflix lance, chega sequer perto da qualidade HBO, pq estes, não querem agradar a todos e não fazem concessões. A primeira, apresenta a família mais podre e vil já mostrada numa série de TV. A segunda, faz uma reflexão/previsão do que estamos vivendo e do que está por vir.