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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

NOVO HOMEM INVISÍVEL, TORNA VISÍVEL UM PROBLEMA

    Recentemente, a Universal Pictures falhou, fragorosamente, ao tentar fazer de sua linha de Universal Monsters (Dracula, Lobisomen, A Múmia, O Homem Invisível etc) uma série de sucesso, na linha de outras, como a dos quadrinhos Marvel e DC, as diversas marcas de êxito da Disney (Star Wars, Pixar) e tantas mais, que vem dominando as bilheterias de cinema nos últimos tempos. O começo foi discreto, com um filme OK, que contava as origens da Drácula (‘Dracula untold’/’Drácula: a história nunca contada’, 2014). Depois, cheia de pompa, com direito a criação oficial do Dark Universe, veio ‘A múmia’ (2017), que naufragou. O problema? Parecia mais um filme ‘Missão: impossível’, com Tom Cruise e tudo, fazendo suas acrobacias. Não é tão ruim. Mas, Cruise, neste caso, mais atrapalhava do que ajudava. Má escolha.    Agora, sem grandes nomes no elenco, e mais discreto, chega o novo ‘O Homem Invisível’ (que, no Dark Universe, seria feito por Johnny Depp), de Leigh Whannell, o a

O PRIMEIRO (E ÚNICO) ZÉ DO CAIXÃO. R.I.P.

   Praticamente, conheço, e tenho (tinha) medo de Zé do Caixão, desde criancinha. Meu pai, via os filmes dele e me falava da figura, pra assustar (tipo, se você não fizer tal coisa, zé do caixão vem te pegar à meia-noite). Mesmo sem poder ver os filmes, morria de medo só de ouvir a música dele. Na época, virada dos 60s pros 70s, Zé do Caixão, mais do que um nome cinematográfico, já era uma espécie de lenda folclórica, bicho papão brazuca. Eu não sabia, então, que ele realmente existia como pessoa. Só nos anos 80, a partir de cartazetes de cinema nos jornais, vi que ele existia de verdade. E era um ator. O meu primeiro filme dele (que, na época, não assisti, sonhava apenas vendo o cartaz) foi 'A estranha hospedaria dos prazeres'. sim, era um terror meio erótico. depois de seus primeiros filmes em p-b, assustadores, Zé teve de se virar como pode para não sair do mercado.      Pulo no tempo e, estamos nos 90s, e uma festa de terror, na extinta Dr. Smith (Botafogo), promete

ABRAM OS OLHOS PARA O CINEMA COREANO!

   Com a vitória de ‘Parasita’, nas principais categorias do Oscar 2020 (filme, diretor, roteiro original), o moderno cinema sul-coreano, entrou no mapa-múndi, de vez. Porque, filmes bons, estão produzindo há mais de década. Basta lembrar de ‘Oldboy’ (2003), de Chan-Wook Park, um dos mais complexos e perturbadores filmes de vingança de todos os tempos. Hollywood refilmou, com direção de Spike Lee, e foi uma tragédia. Ruim demais. Não tiveram a coragem de ir tão a fundo quanto o original. Então, pra quê?    Desde então, quase todo ano, um excelente filme sul-coreano chega às telas dos cinemas daqui, ainda que atrasado. No Brasil, sempre relegados a salas alternativas, com público pequeno (será porque coreanos? Nos EUA, é a preguiça de ler legendas). Como aconteceu com ‘O hospedeiro’ (2006), de Bong Joon Ho (diretor do aclamado ‘Parasita’), que foi lançado no circuito de arte. E ficou só nele.    Assim como aconteceu com o maior e mais ambicioso filme de Ho, até aqu

SEXO, DROGAS E MÚSICA CLÁSSICA

Nos dias atuais, todo mundo só quer ver o que acabou de sair e o que está hypado nas redes. Às vezes, deixamos passar coisas boas, porque não estão nos trendings. É o caso de “Mozart in the Jungle”, ótima série do Amazon Prime Video. A produção é de 2014 e foi encerrada em 2018, após quatro temporadas (pena). Na primeira, ganhou dois Globos de Ouro. Um, na categoria ‘melhor série comédia ou musical’. E outro, para o protagonista, Gael Garcia Bernal. Como, na época, a Amazon ainda não tinha entrando com o seu serviço de streaming no Brasil (mal tem um ano aqui), nem tomamos conhecimento.    Então, está na hora de descobrir essa excelente surpresa, que tem entre os seus criadores os primos Jason Schwartzman e Roman Coppola, da nova geração de Hollywood. Eles já andaram fazendo muitas coisas boas nos últimos anos, aliados a Sofia Coppola (irmã de Roman, ambos filhos do mestre Francis Ford Coppola) ou ao criativo Wes Anderson. Essa turma escreve, produz, atua, dirige, tudo junt