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Mostrando postagens de agosto, 2019

30 ANOS DA PANDORA FILMES EM 35MM

Em 2019, a Pandora Filmes completa 30 anos de atuação e para celebrar esta data realizará uma semana de programação especial, no Petra Belas Artes/SP. 13 longas lançados no Brasil pela distribuidora serão exibidos em película, além de 2 filmes inéditos. Algumas sessões serão seguidas de debates.   Na programação, destaque para a exibição de “Trainspotting” com trilha sonora ao vivo, do indicado ao Oscar “As Bicicletas de Belleville”, “Amores Expressos”, primeiro filme de Wong Kar-Wai a estrear no país, e “Morte em Veneza”, de Luchino Visconti, que será exibido em cópia restaurada, além do inédito “Adoniran, meu nome é João Rubinato”, de Pedro Serrano. OU SEJA, PROGRAMA IMPERDÍVEL!   ''Trainspotting sessão com música ao vivo’’ 30 ANOS DA PANDORA FILMES    Data: 14 de setembro 17h   Local: Petra Belas Artes   Sala 2 – Candido Portinari - 274 lugares sendo 6 cadeirantes   Endereço: Rua da Consolação, 2423   Ingressos: R$30,00 (inteira) / R$15,00 (meia)   A abertura para conv

BACURAU: FILME B DE PRIMEIRA

  Algo que sempre lamentamos no cinema brasileiro, de modo geral, é a falta de bons roteiros e tramas originais. Sempre usamos os argentinos como exemplo disso (tanto é, que eles já ganharam dois Oscars). Até temos algumas produções bacanas pontualmente, mas que falham miseravelmente neste aspecto. Aqui, o estilo televisivo, virou padrão.   Não é o caso do ex-crítico de cinema recifense Kleber Mendonça Filho, que nos deu um exemplo de filme original, redondo e bem arrematado na sua estreia em longa (depois de meia dúzia de curtas), com o magnífico ‘O som ao redor’ (2012). Agora, depois do também aclamado ‘Aquarius’ (2016, que trouxe Sonia Braga de volta aos grandes papéis), KMF traz o seu melhor: ‘Bacurau’, no qual co-assina a direção e roteiro com Juliano Dornelles.    Assim como seus dois longas anteriores, ‘Bacurau’ é um filme que vai sendo construído lentamente, nos detalhes. Mas, desta vez, KMF soltou mais o seu lado nerd/cinéfilo. E, qual um Tarantino do agreste

YESTERDAY: UMA FÁBULA ROMÂNTICA

   Imagine um mundo sem os Beatles e suas músicas e discos históricos. Como seria? Conheço quem os odeia, e amaria vê-los em tal situação. Mas, a maior parte do planeta, os ama de paixão. Então, como ainda não haviam feito um filme como ‘Yesterday’, que mostra uma realidade em que os Beatles nunca existiram? A premissa, é muito boa.    A comédia romântica (e muito fantasiosa) do inglês Danny Boyle (de ‘Trainspotting’) traz esta premissa, ao mesmo tempo simples e original: Após sofrer acidente, que aconteceu na noite de um apagão global, Jack Malik (Himesh Patel), um musico medíocre, passa a fazer sucesso gravando músicas dos Beatles, já que - ele descobre aos poucos -, a banda jamais existiu nesse mundo pós-blecaute.    Então, clássicos absolutos como as baladas ‘Yesterday’, ‘Let it be’, e os rockinhos da fase ie-ie-ie dos quatro cabeludos de Liverpool, entre outras, vão fazendo a fama de Malik. A ponto de ele chamar a atenção de uma celebridade atual britânica, o canto

UM REBOOT QUE DEU CERTO

      Nestes tempos de casas controladas por assistentes com inteligencia artificial, não é difícil imaginar como seria se, um dia, uma dessas maquininhas, resolvesse tomar o comando da situação, e nos atacar. é mais ou menos essa a premissa de 'brinquedo assassino' (chucky: child´s play), reboot de série popular de terror no cinema, iniciada com o primeiro 'child´s play', de 1988. o filme estreia no brasil nesta quinta, 22 de agosto. no original, Chucky é um boneco da linha Good Guy, que uma mãe solteira compra para fazer companhia a seu solitário filho. ele era inerte e apenas dizia frases como 'sou seu amigo' e tal. acontece que, numa parada meio vudu, o boneco em questão, é possuído pela alma de um serial killer. na época, foi uma parada absurda. mas, divertida. porque, bastava dar um chutão no Chucky que o assunto estaria resolvido. mas, não era bem assim. e, deu certo. o Chucky original foi uma trilogia e, depois de breve hiato, voltou numa pegada de humo

BANANA SPLITS VERSÃO GORE

Há 50 anos, alguns programas de TV, ditos ‘para crianças’, eram bem ousados e loucos. Desde a famosíssima série live action camp do ‘Batman’ (cujos vilões eram grandes atores da velha Hollywood), passando por desenhos musicais (Archies, Gatolândia) e séries psicodélicas (como a dos Monkees), tudo era muito colorido, pop, musical e alucinante. Mas, houve um programa que misturava tudo isso, de uma maneira muito anárquica: Banana Splits.   Criados por Joseph Barbera e William Hanna, a famosa dupla Hanna-Barbera dos desenhos animados, os Banana Splits eram uma espécie de banda de rock maluca, formada pelo cão Fleegle (voz e guitarra), o leão Drooper (baixo e voz), Snorky, um elefante tecladista mudo, e o macaco Bingo (bateria). As fantasias foram criadas pela dupla Syd & Marty Krofft, que, depois (inspirados pelo sucesso dos BS), seriam os responsáveis por atrações psicodélicas como ‘H.R.PuffNstuff’. Os bichos comandavam um programa chamado ‘The Banana Splits adventure h

ERA UMA VEZ... TARANTINO

O amor de Quentin Tarantino pelo cinema, está em cada fotograma de cada filme seu (nove, até agora, ele diz que vai parar no décimo, possivelmente, um novo Star Trek ou um terror, dois generos que ainda não abordou). Desde ‘Cães de aluguel’ (‘Reservoir dogs’, 1992). Seja nas citações de clássicos do cinema noir, do cine pancadaria de Hong Kong, de westerns spaghetti, policiais B e exploitations em geral, há de tudo um pouco em suas produções. Da sua cabeça de nerd cinéfilo, frequentador de cinemas poeira e balconista de videolocadora, Tarantino tira cenas inteiras de outros filmes, e faz destas, dele. É o rei da citação/apropriação. Sem nenhum pudor.    Com ‘Era uma vez... em Hollywood’ (que estreia no Brasil nesta quinta, 18 de agosto), não é diferente. Mas, agora, em vez de arremedar um gênero inteiro, como vinha fazendo até então, Quentin volta no tempo para mostrar uma Los Angeles de seus sonhos, de quando os filmes (e as salas de cinema) eram grandes, o glamour dos

SUSTOS À MODA ANTIGA

Considerado muito pesado para crianças quando lançado (nos anos 1980), o primeiro ‘Scary stories to tell in the dark’, de Alvin Schwartz (1927-1992), por isso mesmo, fez muito sucesso entre o seu público-alvo. Vendeu bastante, gerou três volumes e, por causa de seu conteúdo, o livro foi banido de algumas escolas nos EUA. Agora, ainda que tardiamente, acaba de virar filme, com roteiro e produção de Guillermo del Toro (premiado com o Oscar por ‘A forma da água’), ele mesmo, um aficionado por contos fantásticos; e direção de André Ovredal, que já nos deu os bons ‘O caçador de Trolls’ (2010) e ‘A autópsia’ (2016).     Portanto ‘Histórias assustadoras para se contar no escuro’, o filme, não fica atrás de sua fonte original. Embora não seja para adultos - e não se pareça com os recentes filmes sobrenaturais de séries como ‘Invocação do mal’, por exemplo -, ele tem sustos bons o bastante para interessar também a quem curte cinema fantástico e terror, de todas as idades.    Passa

THE BOYS: HERÓIS SEM CARÁTER

Num mundo onde, quase toda semana, somos bombardeados com algum novo filme de super herói (conhecido ou mesmo inédito) e inúmeras sequencias destes - o que chega a dar fastio, até mesmo nos fãs mais ferrenhos -, eis que, uma serie de webtv, baseada em quadrinhos, traz um sopro de novidade ao gênero; estamos falando de ‘The Boys’, do Amazon Prime.    A série, baseada em quadrinhos homônimos americanos, criados por Garth Ennis (texto) e Darrick Robertson (ilustrações) é repleta de humor negro, cenas fortes e nos leva a pensar: como seria um mundo no qual realmente existissem os ‘supes’ (como chamam lá)?    Em apenas oito episódios, com uma hora, cada, somos introduzidos a um grupo chamado The Seven (composto por sete super heróis, é claro), que são controlados por uma poderosa corporação, a Vought International, que monitora cada passo do time, e cuida de seus perfis e publicidade, escolhendo até mesmo, que tipo de crime irão combater.     Acontece que, por conta de u

HOBBS & SHAW: O VELOZ E O FURIOSO

   Já faz algum tempo que a série de filmes de ação ‘Velozes & furiosos’ (‘fast & furious’) se tornou muito mais do que apenas produções envolvendo carros velozes e lutas, para virar uma espécie de linha de filmes de espionagem dos novos tempos, com os personagens vivendo múltiplos tipos de James Bond, em aventuras internacionais mirabolantes. Mais do que nos filmes recentes de Bond, eles misturam muito bem grupos raciais/étnicos diversos, piadas e referências atuais e pop music contemporânea. O resultado, tem dado muito certo (em alguns momentos, até lembram filmes de outra série bem sucedida, ‘Missão: impossível’).    Por isso, era questão de tempo até que surgissem os spin-offs (filmes com personagens saídos da série original, como é corriqueiro, na TV). E, o primeiro desta nova linhagem é ‘Fast & furious presents: Hobbs & Shaw’ (‘Velozes & furiosos: Hobbs & Shaw’), que reúne dois tipos oriundos de filmes anteriores, o esquentado inglês Deckar