Faz 40 anos que comecei minha jornada numa galáxia muito, muito distante. Era janeiro de 1978, quando o primeiro 'Guerra nas estrelas' (que, depois, foi rebatizado como 'Episódio IV: uma nova esperança', por conta das prequels que vieram depois) estreou no Brasil, uns seis meses após ter sido lançado nos EUA (meados de 77, dando início a era dos blockbusters de verão). Ainda teen, fiquei fascinado com tudo aquilo: jovem herói vestido qual samurai, cenários de faroeste, letreiro deitado que nem os de Flash Gordon, monstros, princesas, naves, dróides, planetas misteriosos, uma atmosfera de filme B perfeita, digna de contos de fadas. Era pra ter sido só um filme. Mas, deu tão certo que, 40 anos depois, ainda estamos vendo o final desta saga estelar, finalmente, com a estreia mundial de 'Star wars: A ascensão Skywalker", que leva embora (para sempre?), os tipos que nos acompanham desde então (Luke, Leia, Han Solo, Chewbacca, R2D2, C3PO, Darth Vader) e introduziu novos.
Contudo, é um fim que nunca acaba. O primeiro final, veio em 1983 (aqui, 84), com 'Star wars, episódio VI: o retorno de Jedi' (depois da espetacular sequência, 'O império contra-ataca', o melhor da saga até hoje), no qual o primeiro embate do bem (os Jedi) contra o mal (o lado negro da Força) terminava com festa e dança, em Endor. Dali em diante, se quiséssemos continuar acompanhando as aventuras do rebelde Luke Skywalker, só nos quadrinhos. No cinema, kaput. Até que, em 1999, a Lucasfilm acenou com uma nova saga, 'Star wars, episódio I: a ameaça fantasma'. Na verdade, o começo de tudo: de onde veio Darth Vader, como foi sua infância, quem foram os pais de Luke e Leia, como a Nova Republica deu lugar ao Imperio? Não foram filmes tão bons quanto os anteriores. Mas, preencheram lacunas. E, tudo acabou, mais uma vez, em 'Star wars, episódio III: a vingança dos Sith' (2005), onde vemos como o jovem Anakin se transformou no maligno Vader.
Acabou? Não. Com a Lucasfilm vendida para a Disney, esta resolveu reativar a série, e pular alguns anos no tempo, trazendo uma nova geração de personagens, em 'Star wars: o despertar da força', que, nesta nova contagem, virou o episódio VII. Para alegria dos fãs de primeira hora, os queridos Han Solo (Harrison Ford), Leia Organa (Carrie Fischer) e Luke Skywalker (Mark Hamill) estavam de volta. Mais velhos, claro. Cada um, com uma missão própria (Leia virou general, Han meio que se aposentou, Luke virou recluso). Para reuni-los, surge a valente Rey, uma órfã, aspirante a Jedi (tidos como extintos), porque a Força estava hibernando dentro dela (ela vai descobrindo isso aos poucos). E, assim, uma nova trilogia (feita meio de qualquer maneira, uma pena) foi acrescentada a saga. Desta vez, para fechar essa história de vez. Será?
Estes novos filmes, fizeram muito mais sucesso do que os da trilogia intermediária (as prequels, bem chatinhas, aliás), mas pareciam apenas versões remix do que o que já vimos. O primeiro ('force awakens'), foi ok. o segundo ('the last jedi'), horrível. E, o capítulo final, que ora se apresenta, se nada traz de novo (não é tão empolgante/emocionante como seria de se esperar), arremata tudo, de uma vez por todas. Elementos de todos os filmes originais estão lá, de uma forma ou outra. Depois deste, não mais veremos (apenas ouviremos falar?) dos Skywalker e contemporâneos. Como um amigo comentou na cabine, é como ir ao enterro de um velho amigo (no caso, vários) e dar o adeus final. Só nos resta (re)ver a trilogia original, a melhor de todas. E continuar viajando nas estrelas, como se tivéssemos 13 anos.
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