Pular para o conteúdo principal

DECK: 20 ANOS A SERVIÇO DA MÚSICA


  

A Deck é a única gravadora em atividade no Brasil (é local, não multinacional) que ainda lança produtos em todas as mídias: CD, DVD, LP (vinil) e, agora também fitas cassete (!). Parece coisa de louco. Mas, eles não apenas reativaram a última fábrica de vinil que existia no Brasil (em Belford Roxo, na Baixada Fluminense/RJ), depois de dois anos de muito trabalho, como trouxeram de volta as infames fitinhas, que enrolam e partem. Mas, pelo lado do ritual, é tão bacana abrir a embalagem delas (ao estilo maço de cigarros, puxando a fitinha vermelha) que dá vontade de ter apenas pelo fetiche. Como tem gente que, mesmo sem toca-discos em casa, compra vinil pela beleza da capa e importância do disco. Aliás, a Deck lança títulos em vinil, de 180g, sobretudo clássicos que estavam fora de catálogo, como a decana banda de rock Casa das Máquinas, ou a coleção dos Mutantes, por exemplo.



  E, para comemorar seus 20 anos, a Deck é o personagem principal do documentário "Tudo pela Música", dirigido por Daniel Ferro. O filme aborda o cenário e as mudanças que ocorreram no mercado musical independente brasileiro nas últimas duas décadas, tendo a história da gravadora como fio condutor. O doc teve uma pré-estreia no final de 2018 e será lançado em junho, no Festival In-Edit Brasil - Festival Internacional do Documentário Musical, também participando da mostra competitiva de longas-metragens nacionais. "Há alguns anos eu venho acompanhando o In-Edit no Brasil e sempre sonhei em participar de alguma forma. Como jornalista e documentarista, é uma realização poder estrear o nosso filme, que foi feito com muita vontade, amor e suor, nesse festival que eu considero um dos mais importantes no mundo" - declarou Daniel.



Durante 18 meses, o diretor entrevistou personagens importantes para a música e a cultura do país. Entre eles estão jornalistas, publicitários, radialistas e produtores musicais que, juntos, narram a história da Deck e da indústria fonográfica independente. Desde nomes como os veteranos André Midani, Nelson Motta, Washington Olivetto e Roberto Menescal, até artistas que continuam ou já passaram pela gravadora, como Pitty, Teresa Cristina, João Donato e Elza Soares, entre outros. É também uma das últimas aparições do saudosos produtor gaúcho Carlos Eduardo Miranda.

Datas de exibição:

19 de junho. CineSesc (R. Augusta, 2075 - Cerqueira César - São Paulo/SP) 21h15
(após a sessão debate com o diretor e com João Augusto, presidente da Deck)

20 de junho. Cinemateca Brasileira (Lgo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino, SP) Horário: 17h Entrada Franca

23 de junho. Spcine Olido (Av. São João, 473 - Centro - São Paulo/SP)
Horário: 14h Entrada Franca





  

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DANCETERIA, UMA MODA FUGAZ

POR CONTA DO POST ANTERIOR (QUE ERA SÓ SOBRE CLUBES ALTERNATIVOS QUE MARCARAM A NOITE CARIOCA), ME PERGUNTARAM SOBRE OUTRAS CASAS, QUE, NA VERDADE, ERAM DE SHOWS, DANCETERIAS. ENTAO, VAMOS LÁ, RELEMBRA-LAS. ANTES: VALE NOTAR QUE O NOME 'DANCETERIA' FOI IMPORTADO DE UMA CASA QUE TINHA ESSE NOME EM NOVA YORK, NOS ANOS 80. ALGUEM TROUXE PRA CÁ (ACHO QUE COMEÇOU POR SP) E ACABOU VIRANDO SINONIMO DE UM TIPO DE LUGAR, QUE MISTURAVA PISTA DE DANÇA COM UMA ATRAÇÃO AO VIVO NO MEIO DA NOITE. METROPOLIS = A PRIMEIRA COM ESSAS CARACTERISTICAS NO RIO FOI A METROPOLIS, EM SAO CONRADO, QUE, ASSIM COMO O CUBATÃO, TBM ABRIU NA SEMANA/MES EM QUE ACONTECIA O PRIMEIRO ROCK IN RIO, JANEIRO DE 1985. COMO O NOME INDICA, SEU LOGOTIPO E SUA DECORAÇÃO IMITAVAM O ESTILO DO CLASSICO SCI-FI DE FRITZ LANG, INCLUSIVE COM PASSARELAS NO MEIO DELA, QUE REMETIAM ÀS PONTES MOSTRADAS NO FILME. SÓ QUE TUDO COM NEON, CLARO. A METROPOLIS FOI PALCO DE MUITOS SHOWS DE BANDAS QUE NAO FAZIAM O PERFIL DO CIRCO VOADOR, PQ ...

BAYAAABAAA!

A TV ITALIANA LEMBRA A TV BRASILEIRA DOS ANOS 70, 80 UMA COISA MEIO SBT NOS PRIMÓRDIOS (TVS) OU TV CORCOVADO (PRE-CNT). É MUITO RUIM E SÓ PASSA COISAS ANTIGAS. O CURIOSO É QUE AS RADIOS LA SAO MAIS LEGAIS DO QUE AS DAQUI, MAIS VARIADAS (TEM ATE UMA VIRGIN RADIO, DE ROCK EM GERAL). MAS A TV LOCAL É DO ARCO DA VELHA. LOGO QUE CHEGO NUMA CIDADE DOU GERAL NO LINEUP DE AUDIO E VIDEO. EM ROMA, ACHEI UM CANAL DEDICADO AOS LANCES JAPAS, A NEKO TV, MAS QUE, CURIOSAMENTE, EXIBIA 'BIGFOOT & WILDBOY', SERIE TRASH DA DUPLA SID & MARTY KROFT (ELO PERDIDO), QUE ROLAVAQUI NO SBT. ATE AI, TUDO BEM. MESMO NAO SENDO JAPA, FAZIA SECULOS QUE NAO VIA AQUILO (AQUI, PÉ GRANDE E GAROTO SELVAGEM). ACONTECE QUE, PELOS PRÓXIMOS CINCO DIAS QUE PASSEI NA CIDADE, O CANAL SÓ EXIBIA O MESMÍSSIMO EPISÓDIO DA PARADA (AQUELE EM QUE APARECE UM SOSIA DO PÉ GRANDE), EM VARIOS HORARIOS! LIGAVA A TV PELA MANHÃ, TAVA LÁ. CHEGAVA DA RUA A NOITE, DE NOVO, A MESMA COISA. O GRITO DE GUERRA DO BIGFOOT, BAYAAABAA! A...

UM BELO FILME DE VINGANÇA!

  Nesta semana, chega aos cinemas brasileiros um concorrente do Oscar nas categorias principais: filme, atriz e direção, entre outras. “Bela Vingança” (“Promising Young Woman”), desde já um dos melhores e mais perturbadores filmes do ano.   Tanto o trabalho de atuação e entrega de Carey Mulligan (como a perturbada Cassandra), como a direção firme de Emerald Fennell (atriz de séries como ‘The Crown’ e ‘Killing Eve’, estreando na direção de longa, com muita competência), bem como toda a parte técnica do filme (além do bom roteiro, fotografia e som impecáveis) é irretocável. O resultado final é um dos mais formidáveis filmes de vingança já vistos. Carey Mulligan, como Cassie      Acompanhamos a tímida e frágil Cassandra, que apesar de já estar na casa dos 30 anos, ainda mora com os pais e não tem namorado (não que isso seja obrigatório, parece nos dizer a personagem, embora não os evite). E, mesmo tendo sido uma universitária com altas notas na cadeira que escolh...