Em tempos em
que os filmes de terror são tão previsíveis, nada assustadores e feitos para
virar série (poucos, como o ótimo ‘Hereditário’, escapam disso), é alentador
assistir a este ‘O Golem’ (‘The Golem’), dos irmãos Paz (Doron e Yoav, que assinam como PAZ Brothers), que,
antes, haviam feito o assustador ‘JeruZalem’ (2015), também na área do horror e usando referências
do folclore judaico. Eles não tentam soar ‘moderninhos’ e recontam o mito de
forma precisa e com exatas doses de fantástico.
É uma nova
versão para uma antiga lenda judaica, pouco explorada no cinema (embora tenha
sido um dos primeiros filmes do gênero terror lançados, a versão muda é de
1920). No conto original, um rabino traz a vida o Golem, ser feito de barro,
para proteger os judeus de perseguição, na Praga do século XVI. Agora, é uma
mulher quem revive a criatura, sob a forma de criança, para proteger sua aldeia
de ser atacada por um grupo que acha que foram eles, os judeus, que espalharam
a peste negra, que está dizimando os moradores de uma vila da Ucrânia.
A mulher,
Hanna (Hani Furstenberg) é casada com o filho do rabino. Ambos perderam um
filho de 8 anos, e desde então, Hanna não consegue mais engravidar. Por isso, a
escolha do roteiro (de Ariel Cohen), de, agora, o Golem voltar como uma
criança. O que não torna o filme nem um pouco menos assustador ou menos violento
(há cenas bastante explícitas de ação gore). O pequeno Golem mata os desafetos
da mãe e, quando convocado, os invasores de sua aldeia. Sem dó. E, tudo sem sustos baratos ou música
incidental apelativa. É pura tensão.
RUGIDOS: FORTES
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