Outro documentário musical muito bacana, que está na programação do in-Edit Brasil 2019, é '30 anos de anonimato', de Felipe David Rodrigues. Ele conta a trajetória da improvável banda de psychobilly carioca A Grande Trepada (que, por um tempo, teve de usar o nome Big Trep, para não chocar), que, surgida nos anos 80, continua até hoje na ativa. Mas, mais do que contar a saga da Big Trep, o doc serve também (sobretudo na primeira hora) para mostrar como era a cena alternativa rock no Rio De Janeiro, principalmente. Cenas, áudios e depoimentos de gente que testemunhou e viveu a época, soam como memórias preciosas, de um país que não dá muita bola para a sua história. Sobretudo de coisas menos 'comerciais'. Não perca.
(abaixo, trechos do release enviado pelo diretor)
A banda A Grande Trepada, ou para os castos Bigtrep (intraduzível), iniciou suas atividades no Rio de Janeiro em 1986. Pioneiros do gênero psychobilly – estilo que mistura o rock clássico dos anos 50 com o punk rock dos anos 70 – no Brasil, o grupo nasceu de um núcleo familiar, com os irmãos Leonardo e Maurício Garcia, acompanhados pelo primo Eduardo: três jovens entre os 16 e 21 anos, loucos por todos os gêneros de rock. Era uma época muito diferente da de hoje, o acesso aos discos de vinil era limitado, sobretudo aos lançamentos britânicos e americanos. E quem apresentou o psychobilly para os integrantes da Grande Trepada foi Luís “Skunk”, que durante o ano de 1986 fez parte da banda. Skunk foi um dos fundadores do Planet Hemp.
(abaixo, trechos do release enviado pelo diretor)
A banda A Grande Trepada, ou para os castos Bigtrep (intraduzível), iniciou suas atividades no Rio de Janeiro em 1986. Pioneiros do gênero psychobilly – estilo que mistura o rock clássico dos anos 50 com o punk rock dos anos 70 – no Brasil, o grupo nasceu de um núcleo familiar, com os irmãos Leonardo e Maurício Garcia, acompanhados pelo primo Eduardo: três jovens entre os 16 e 21 anos, loucos por todos os gêneros de rock. Era uma época muito diferente da de hoje, o acesso aos discos de vinil era limitado, sobretudo aos lançamentos britânicos e americanos. E quem apresentou o psychobilly para os integrantes da Grande Trepada foi Luís “Skunk”, que durante o ano de 1986 fez parte da banda. Skunk foi um dos fundadores do Planet Hemp.
De todos os grupos psychos que surgiram no mesmo período ou um pouco depois, A Grande Trepada é o único que resiste. A partir de uma transmissão do programa de rádio Três Acordes, da extinta Fluminense FM, no qual Maurício e Eduardo foram DJs e produtores, a trajetória da GrandeTrepada é contada – de forma não convencional – através de depoimentos de todos os integrantes banda, além de jornalistas, familiares e amigos que fizeram ou fazem parte do universo do grupo. Com dinamismo e bom-humor, munido de um vasto material de arquivo, conservado pela própria banda ao longo dos anos, o documentário realiza um inventário dos principais acontecimentos biográficos desse grupo inadequado aos tristes trópicos: a censura do nome A Grande Trepada pelos jornais, motivo que levou a banda a se chamar Bigtrep; o sucesso no meio alternativo – a música Surf Drácula, o primeiro “sucesso”, foi a 5a mais tocada na Fluminense FM; o diálogo e a reverência estética com ícones da contracultura brasileira como Eddy Teddy e Zé do Caixão; a exposição midiática com a chegada da MTV Brasil; as mudanças traumáticas de integrantes nos meados dos anos 90; o crescimento e a difusão do gênero psychobilly no Brasil e no mundo através do advento da internet; e acima de tudo... um filme sobre a resistência de uma banda que nunca deixou de fazer o que gosta mesmo com toda a aspereza e adversidades da vida.
30 Anos de Anonimato
Sessões gratuitas:
In-Edit Brasil 2019
- 13 de junho de 2019, às 17H30, no Centro Cultural São Paulo
- 19 de junho de 2019, às 18h, no Matilha Cultural
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