Pular para o conteúdo principal

O HERÓI DE MEIA-IDADE


  Nos últimos anos, o ator irlandês Liam Neeson, 65, se transformou numa espécie de herói, relutante, o homem comum, pacato e ordeiro que, ao se ver as voltas com uma situação limite, que coloca em risco o próximo e, sobretudo, sua família, vira um herói de ação, usando de sua força e intelecto. E, encontrou no diretor catalão Jaume Collet-Serra, seu melhor aliado nessa linha de filmes.




Assim, mesmo dizendo, de vez em quando, que vai parar de fazer esse tipo de filme (também fez alguns com a produtora do Luc Besson, sendo o mais famoso deles, 'Taken/busca implacável', que teve duas sequencias. e foi o que o alçou a estrelar este tipo de filme, nos últimos anos: baratos e altamente lucrativos. Neles, faz o herói comum, o culpado errado, o personagem inocente de algum filme do Hitchcock. Só que não galã, a la Cary Grant. Mas, um homem de meia-idade (na casa dos 50-60), que, mesmo assim, encontra forças para lutar. E, os filmes, são ótimos prazeres culpados.


O mais recente deles, novamente com Collet-Serra (o quarto da dupla), é 'O passageiro' (the commuter), que estreia no Brasil em 8 de março. Desta vez, Neeson faz um ex-policial, que largou do distintivo para ganhar mais dinheiro, numa agencia de seguros; e que, de repente, com dez anos nesta nova carreira, e aos 60 anos, se vê no olho da rua -- com hipoteca para pagar e filho indo para a faculdade e mulher desempregada. Bate o desespero, e ele acaba aceitando uma missão, passada por mulher misteriosa, no trem suburbano que pega todo dia pra ir para casa: encontrar alguém com uma determinada bolsa, neste mesmo trem, Por que? Não sabemos, até certa altura. O total do premio será de $100 mil dólares. Mas, recebe advanced, $35mil. Uma vez que pegue o dinheiro, está aceita a missão. E, não tem volta. Depois, quando ele percebe no que se meteu, já era.

A partir daí, acompanhamos a investigação do personagem, para descobrir quem será a pessoa, naquele trem lotado, que será a presa. No caminho, ele descobre que há muito mais por trás, e que, uma vez que se recuse a cumprir a tarefa (que, dado momento, inclui assassinato), sua mulher e filho estarão com as vidas ameaçadas. Bem como a de vários inocentes no trem. O diretor equilibra suspense, tensão, jogo de detetive, ação e um toque de filme catástrofe no final. Tudo muito bem azeitado. Mesmo assim, este é seu filme -- com Neesom -- mais longo, com trama mais complexa, e menos satisfatório. É apenas ok. mas, dá para divertir. O melhor da dupla, é aquele passado num avião, 'Non-stop/sem escalas' ('Desconhecido', tbm é bacana). "O passageiro", é tecnicamente bem feito e bom passatempo. E, Neeson, continua sendo o ator e que a gente confia. Ficamos do lado de seu personagem desde a primeira cena. E, sabemos que, mesmo com todo o tipo de perrengue no caminho, a retidão, coragem e responsabilidade dele, vão nos salvar...



Outros filmes de Jaume, que valem a vista, sem compromisso: 'a órfã' e 'a casa de cera' (neste, a inexpressiva Paris Hilton tem uma morte horrível), ambos, de terror. E, seu anterior, 'Águas rasas' (aquele da Blake Lively, sozinha, as voltas com um tubarão), fez um sucesso acima do esperado. O próximo projeto do catalão, é 'Jungle cruise', baseado num famoso brinquedo da Disneylândia!

#liamneeson #collett-serra #thecommuter #imagemfilmes #ação

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DANCETERIA, UMA MODA FUGAZ

POR CONTA DO POST ANTERIOR (QUE ERA SÓ SOBRE CLUBES ALTERNATIVOS QUE MARCARAM A NOITE CARIOCA), ME PERGUNTARAM SOBRE OUTRAS CASAS, QUE, NA VERDADE, ERAM DE SHOWS, DANCETERIAS. ENTAO, VAMOS LÁ, RELEMBRA-LAS. ANTES: VALE NOTAR QUE O NOME 'DANCETERIA' FOI IMPORTADO DE UMA CASA QUE TINHA ESSE NOME EM NOVA YORK, NOS ANOS 80. ALGUEM TROUXE PRA CÁ (ACHO QUE COMEÇOU POR SP) E ACABOU VIRANDO SINONIMO DE UM TIPO DE LUGAR, QUE MISTURAVA PISTA DE DANÇA COM UMA ATRAÇÃO AO VIVO NO MEIO DA NOITE. METROPOLIS = A PRIMEIRA COM ESSAS CARACTERISTICAS NO RIO FOI A METROPOLIS, EM SAO CONRADO, QUE, ASSIM COMO O CUBATÃO, TBM ABRIU NA SEMANA/MES EM QUE ACONTECIA O PRIMEIRO ROCK IN RIO, JANEIRO DE 1985. COMO O NOME INDICA, SEU LOGOTIPO E SUA DECORAÇÃO IMITAVAM O ESTILO DO CLASSICO SCI-FI DE FRITZ LANG, INCLUSIVE COM PASSARELAS NO MEIO DELA, QUE REMETIAM ÀS PONTES MOSTRADAS NO FILME. SÓ QUE TUDO COM NEON, CLARO. A METROPOLIS FOI PALCO DE MUITOS SHOWS DE BANDAS QUE NAO FAZIAM O PERFIL DO CIRCO VOADOR, PQ

ROCKS TARDES DE DOMINGO...

  LÁ VAMOS NÓS PARA MAIS UM PASSEIO PELA MEMORY LANE, CUJO GATILHO FOI ATIVADO POR UMA MÚSICA. ESTAVA OUVINDO O ÁLBUM DE 40 ANOS DO KISS, QUANDO ROLOU 'DO YOU LOVE ME'. NA HORA, VIERAM MONTES DE LEMBRANÇAS QUE PASSEI AO SOM DESSA MUSICA (E TBM DE ROCKN ROLL ALL NITE) NOS BAILES DE ROCK QUE ROLAVAM AOS DOMINGOS NO CLUBE DE REGATAS GUANABARA, EM BOTAFOGO, COMANDADOS PELA EQUIPE META-SOM, DO DJ ANIBAL. DE 6 AS 10PM.   EU MAL DEVIA TER 12, 13 ANOS QUANDO COMECEI A FREQUENTAR O BAILE, O PRIMEIRO A QUE FUI, SOZINHO, SÓ COM AMIGOS. E, COMO DUROS QUE ÉRAMOS, GERALMENTE ENTRÁVAMOS DE PENETRA, PULANDO GRADES E MUROS EM VOLTA DO CLUBE. DEVO TER PAGADO APENAS MEIA DUZIA DE VZS, EM, SEI LÁ, DOIS ANOS. ERAM MEADOS DOS 70S. O ROCK MANDAVA. MAS A FESTA COMEÇAVA, INVARIAVELMENTE, COM 'DANCING QUEEN', DO ABBA, QUE ERA CONSIDERADA UMA BANDA ROCK, JA QUE AINDA NAO EXISTIA A DISCO MUSIC E O CONCEITO DE POP/ROCK ERA AMPLO.   E, COMO QUALQUER BAILE DE FUNK E SOUL DA ÉPOCA (QUE ROLAVAM DO OUTR

blue velvet

Os posts aqui surgem do nada, out of the blue, como em hiperlinks da internet. e nessa de relembrar coisas aleatoriamente, apareceu num dos sites de torrents que frequento um filme chamado "little girls blue". que foi o meu primeiro porno. e, como diz a frase daquele anuncio, a gente nunca esquece do primeiro. principalmente em se tratando disso, numa epoca em que tudo poraqui era proibido. entao, no começo dos 80´s, quando o país ainda era uma ditadura, tive contato com esse filme. Sabadão, fui na casa de um bro no jardim botanico fazer chill in pra noitada. o cara tinha um telao em casa e um aparelho de vhs gigantesco com retroprojeçao (soube mais tarde q o pai dele era diretor da grobo, dai os equipamentos, que, entao, eram de ponta total, o vcr caseiro ainda nao era uma realidade). la, ele tinha uma meia duzia de fitas, todas piratas, claro, entre as quais um show (sei la, acho q era woodstock), clipes da mtv, o famoso caligula e o little girls blue. como esse era mais cu