
Finalmente cai dentro da trilogia 'Millenium'. Baixei os bd-rips dos tres filmes suecos baseados em tres livros do escritor sueco Stieg Larsson (nunca li nenhum e nem conhecia o cara), que fazem o maior sucesso, inclusive por aqui. O motivo? Comparar com o novo filme do David Fincher (com trilha de Trent Reznor e Atticus Ross, os mesmos de 'The social network'), que estreia aqui em breve, 'The girl with the dragon tattoo', que é o primeiro livro/filme da trilogia e nos apresenta a fascinante personagem Lisbeth Salander, feita à perfeição por Noomi Rapace, que está muito mal aproveitada no novo filme de Sherlock Holmes do Guy Ritchie.
Gostei muito do primeiro filme; que, nao sei pq, nao foi para os cinemas daqui, saiu direto em video e passa no Max. faria sucesso facil. É uma bem urdida trama de crime e investigação que se fecha em si e deixa alguns misterios no ar. Mas, como o livro e a personagem fizeram sucesso, vieram os seguintes. O segundo (o mais fraco) explica quem é Lisbeth, e o terceiro (apenas ok), arremata a trama toda com elementos que foram apresentados nos dois primeiros. Dizem que Fincher fez um remake avant la lettre dos originais. Dizem que o primeiro filme sueco muda um pouco o final do livro. Seja como for, é bom programa para quem gosta do gênero.
O grande atrativo mesmo é Lisbeth, uma punk hacker com um passado sombrio e personalidade multifacetada. Apesar de pequena e fragil, é uma mulher forte e de poucas palavras. O que acaba fascinando um jornalista da revista de reportagens investigativas 'Millenium', que, ao investigar um antigo caso de desaparecimento, acaba se envolvendo com ela, e descobrindo muito mais do que deveria (ou que não queriam que ele soubesse). Se voce assistir apenas ao primeiro filme, ja ta de bom tamanho. Ele é o melhor de todos, e seu final misterioso, nos deixa intrigado.
E AGORA, A VERSÃO AMERICANA (spoilers!):
Nao se pode dizer q david fincher fez um filme ruim, mas ele, certamente, tem bem menos clima do que o original -- ainda q tenha ajeitado mais o todo --, sobretudo nas cenas em que isso se faz necessario. P ex: tanto no momento em que Lisbeth esta sendo assediada por seu tutor, quanto na parte final, no confronto entre mikael e o tal homem q nao amava as mulheres do titulo do livro original sueco, falta pulso e clima, que so a trilha de trent reznor e atticus ross dá. Tbm é notavel que a Lisbeth de rooney mara (que se entregou bastante ao papel, criando ate um sotaque curioso) é levemente adocicada, quase cute, o que a salander de noomi rapace jamais é. O legal é que o filme realmente se passa em Estocolmo -- em vez de alguma cidade americana, tipo o deixe ela entrar --, mesmo com elenco internacional e anglo-parlante. E adicionou alguns detalhes (desnecessarios) que nao estao no filme sueco, mas sao citados no livro. O final do americano é levemente diferente (nao gostei do jeito como eles fizeram a cena do acidente), mas, como nao li o livro, nao sei a quem ele foi mais fiel ou não. Cotação: sueco **** americano ***
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