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BOM PROGRAMA DUPLO



Nesta semana de Copa de Futebol e estreia do novo parque jurássico, destacam-se dois pequenos filmes, que trazem um sopro de novidade e são diferentes do convencional:  'O amante duplo', nova doideira do francês François Ozon (o filme mais concorrido do recente Festival Varilux) e 'Hereditário', um filme de terror acima do habitual...




Houve um tempo, em que filmes de terror, eram atmosféricos e menos óbvios. Porque não eram feitos apenas para adolescentes, como atualmente. Não apelavam só para efeitos sonoros baratos e nem tinham elementos jogados em cena gratuitamente. Eram tempos de clássicos assustadores, como ‘O bebê de Rosemary’ e ‘O exorcista’, por exemplo, filmes que jamais serão esquecidos por quem os vê.

   O tempo dirá se este será o caso de ‘Hereditário’. Mas, fica patente que, este, já está na lista de um dos melhores filmes sobre cultos demoníacos e possessão (com um toque de DR familiar, inclusive, para justificar o título) vistos recentemente. Seu mais direto competidor é ‘A bruxa’. Portanto, não vai agradar plateias afeitas ao susto barato. O diretor estreante, Ari Aster, ignora o óbvio. A construção de sua trama é mais importante que todo o resto. E, por isso, impactante. E sem concessões.

  A escolha do elenco foi precisa: Gabriel Byrne, está perfeito como um cético, que se recusa a acreditar nas teorias sobrenaturais de sua esposa (feita por Toni Collette, talvez em sua maior interpretação até hoje, digna de prêmios), quando ambos perdem a filha num acidente bizarro. Daí em diante, vamos percebendo que, nada é o que aparenta ser. No fim, um filme perturbador. E que vai dividir opiniões.

cotação: rugido alto



  O cineasta francês François Ozon costuma usar de protagonistas femininas belas e sensuais em alguns de seus filmes, sobretudo naquele 'À beira da piscina', com a Ludivine Sagnier; e 'Jovem e bela', uma espécie de bela da tarde dos tempos modernos. Deste ultimo, ele traz de volta a enigmática Marine Vacth. E o tom de thriller erótico destes. Em 'O amante duplo' (o maior sucesso do recente Festival Varilux), Ozon apresenta uma trama que envolve Chloe, uma jovem perturbada (Vacth), que se envolve sexualmente com seu psicanalista (Jeremie Renier) e o irmão gêmeo deste. Na hora, lembramos de 'Gemeos: morbida semelhança', de David Cronemberg (ou o 'Sisters', do DePalma). Mas, Ozon percorre outros caminhos, apesar de não poupar cenas desagradáveis, que contrabalança com outras de alta voltagem erótica. Vai deixar a plateia inquieta. É baseado num livro, 'Lives of the twins'. De quebra, traz a sumida Jacqueline Bisset.

RUGIDO ALTO

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