Não curto prequels, de modo geral. Pq, muitas vzs, elas explicam o que não era pra ser explicado ou precisava de explicação. Não me importa saber se aquele personagem icônico apanhava quando guri ou tinha desejos pela mãe ou foi currado pelo pai, e coisas do tipo. certos mitos, não precisam ser desconstruídos. Por isso, desde que 'Solo', o filme, ahem, solo de Han Solo, meu personagem favorito da saga star wars classica, foi anunciado, fiquei com muito medo. Afinal, o tipo que nos gostamos, não é exatamente um herói, avant la lettre. Ele é meio cafajeste, mercenário assumido, faz umas coisas que não são politicamente corretas, é malandro e talz. Aí, um filme Disney, explicando a origem do personagem, tinha tudo para cagar o mito, certo? Felizmente, não.
Portanto, se 'solo: a star wars story', não é uma maravilha (ainda mais, nas mãos de um diretor vaselina, como o ron howard), felizmente, tambem não é uma tragedia. Ele passa raspando no crivo, ate do fã mais radical. Seu primeiro terço é um bocado enfadonho. Explica o pq do nome Solo (achei forçado) e mostra seu encontro com o parceiro de aventuras dali pra frente, o wookie Chewbacca. Quando vc começa a ficar inquieto, se perguntando quando é que o filme vai começar de fato, chega o momento em que Han conhece seu parceiro de falcatruas espaciais, Lando Calrissian (donald glover, acertada escolha) e o primeiro contato dele com a magnifica nave millenium falcon. Nesse momento, o coração do velho fã sente um quentinho de nostalgia.
A missão em si, que reune han, lando, chewie e a namoradinha de solo, qi´ra (emilia clarke) e mais um tipo meio aglutinador e comandante, feito por woody harrelson (me incomodou a escolha do ator, o qual aprecio, mas soou algo reprise dos tipos caipiras do meio oeste americano que ele costuma fazer) é um tanto qualquer nota (nem vou entrar em detalhes). Tampouco, o vilão, feito por paul bettany (o visao, de avengers) é marcante. Ele parece um vilao caricato de filme de james bond. só faltou um gato no colo. Por sua vez, han tem um pouco da inocencia de quem esta vivenciando tudo pela primeira vez; e o ator alden enhenreich, se esforçou para compor o tipo clássico, no jeito de olhar, andar, de reagir (que nos remete ao titular do papel, Harrison Ford), sem decepcionar. Lando não rouba a cena, como disseram por ai. mas, han, tbm nao tem aquele carisma que nos fisgou, desde o primeiro momento em que entra em cena, em star wars.
O resultado final, é um filme ok. apesar do roteiro do tarimbado lawrence kasdan -- e do seu irmão, jon -- que pode ter continuação, já que alguns assuntos, ficaram em aberto. perto do final, a aparição de um tipo marcante, que conhecemos na trilogia intermediaria do lucas (na vdd, as prequels), reforça essa tendencia de continuar essa historia. só as bilheterias dirão. mas, é uma aventura bem light, sem nada de memorável ou arroubos de inventividade. vc nao sai da sala destacando nada em especial. rogue one, foi mais interessante. e bem mais intenso.
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