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50 ANOS EM CINCO


   A tecnologia, anda um bocado rápido, nestes dias. Se nossos pais só tiveram o rádio e a TV por longos anos (sendo que, a tv, começou em p-b e levou um tempinho pra ganhar cores), e, quem é da geração 70/80 para cá, ainda pegou pequenas revoluções, como a fita cassete (que nos deixou livres para carregar a musica por aí, via walkman) e o VCR (gravador de video caseiro, alimentado por fitas VHS). contudo, dos anos 90 em diante, foram revoluções por minuto. o dominante disco de vinil foi atropelado pelo CD (compact disc), e quase sumiu do mapa; as fitas cassete foram banidas, por pouco tempo, com a chegada do MD (mini-disc); e o VHS (video home system) foi aposentado com a chegada do DVD (digital versatile disc). Este ultimo, um disco versátil, como indica o nome, por carregar dados de audio e video, comprimidos, trazendo uma melhor imagem e som, e nos livrando do incomodo das fitas que prendiam no cabeçote, partiam ou amassavam.



  Chegou-se ao topo? Nada disso. mal o século virou, e veio a revolução digital. O MD nem teve tempo de se impor (muito melhor que cd e fita, mas algo caro; ainda uso o meu), e logo foi atropelado pelos tocadores de MP3, como o iPod (que, nao foi o primeiro, mas foi o mais bem sucedido e divulgado). O reinado do DVD tambem foi curto. embora ainda esteja por aí, evoluído, sob a forma de Blu-ray (um disco ainda mais versátil e com qualidade de imagem maior), as midias fisicas vem sendo extintas, gradativamente, pelos arquivos digitais. Quase abstratos (voce nao os ve, nem toca neles), estes arquivos transformam audio, video em dados, gravados digitalmente, nas memorias internas dos celulares, nos arquivos do computador caseiro, nos dados dos serviços de streaming (Netflix, Spotify, os mais usados). Assim, depois de trocar seus vinis por CDs (para ganhar espaço), agora, grande parte da população sequer tem em casa material fisico (mesmo que rola uma onda nostalgica, com vinis e cassetes). Tudo, se resume agora a coisinhas invisiveis, que trafegam por cabos e dados. E cabem no bolso. e nao precisam de espaço, a nao ser no HD.



   Mesmo assim, quem curte musica e cinema, ainda gosta de ter e ver/ouvir, alguma coisa palpável (mas, nunca tive um CD gravado em SACD/super audio cd, embora meu ultimo dvd tocasse o formato). Por isso, a evolução do blu-ray para o formato UHD (ultra high definition), o chamado 4k, ainda conquista alguns cinefilos e audiofilos. Eu, por exemplo, que ja passei por todos os formatos (nao tive as fitas DAT/digital audio tape, e os tocadores de LD (laser disc), sucumbi a uma tv 4k ano passado (promoção imperdivel e, a LCD da sala, apagou) e, mais recentemente, trouxe de viagem um tocador de discos neste padrão (pode-se encontrar players por menos de US$100, nos eua). o curioso é que, acabamos comprando os mesmos filmes, em definição melhor. da meia duzia de discos que trouxe (o aparelho da LG ainda dava um cupon para descomto na compra de alguns deles, na bestbuy), os unicos filmes ja rodados no padrao alta definição, foram 'dunkirk' e 'blade runner 2049'. já 'dredd', era apenas hd 'normal' (mas, em 3D). os demais, foram remasterizados, e o aparelho faz upscaling (otimiza a iagem para proximo de HDR): 'terminator 2', 'tropas estelares' e 'o quinto elemento' (este, sempre teve imagem impecavel). o olho humano pode ate nao decodificar todos os detalhes (no japão, ja usam 8k!). mas, combinando a tv com o player, ligado num ht, ate que da um samba legal. só assim para rever o grandioso dunkirk em casa.



  o aparelho da LG é ok. bem simples, quase espartano. fora seu tamanho (é largo), ele nao traz nenhum extra, como conteudo smart e wifi (supondo que, toda TV moderna ja vem com isso, o que acabaria encarecendo o preço final do aparelho). para atualiza-lo, é preciso conectar um cabo de rede. seu pequeno remoto, tem apenas os comandos e entradas basicas (HDMI e optica) e uma entrada USB (melhora bastante a qualidade de imagem dos arquivos). A interface tbm é simples. Unica coisa que nao curti, foi que os filmes no pen drive não dão resume quando parados, como acontece hj em quase todos dispositivos USB. Para ligar na sua TV 4k, é necessário um cabo HDMI compativel (quase o mesmo preço de um normal). sem ele, a imagem e o som do player nao vão sair na TV. No fim, rever o BR2049 nele, foi uma boa experiencia, ja que, alem da imagem, o som realmente surpreendeu (e, vi o filme na gringa, num dolby cinema). Ja os filmes 'otimizados', como 'tropas estelares', ganharam um granulado, como nos primeiros tempos do DVD.

*no momento, nao ha transmissao em 4k no Brasil, apenas eventos especiais (carnaval, copa). mas, netflix, amazon e hbo go, disponibilizam programas em uhd, mediante taxa extra...

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