Pular para o conteúdo principal

LE BLOND

ANTES DO RENASCIMENTO DA LAPA E DO SURGIMENTO DO BAIXO GÁVEA, O LEBLON ERA O BAIRRO BOEMIO DO RIO. LUGAR TRANQUILO, FIM DE LINHA, NADA AFETADO. NAO SE IA LÁ A TOA. COM O ROCK BRASIL DOS 80S, GERAL IA PRA LA DEPOIS DOS SHOWS COMER NO RA (REAL ASTORIA, EXTINTO), NO DIAGONAL, NA PIZZARIA GUANABARA E NO GORDON, PQ, FORA OS BARES DA PRADO JUNIOR (COPA), SÓ ESTES FICAVAM ABERTOS ATE O AMANHECER. E FOI LÁ QUE CAZUZA VIU O DIA NASCER FELIZ INUMERAS VZS, LOBAO TOCAVA PIANO NO BAR DO RA, PAULO CESAR PEREIO, FILAVA BEBIDA NA MESA DOS OUTROS, E POR AÍ AFORA. DEPOIS, UMA GALERA ADOTOU O BG PRA CONCORRER, SER MAIS ALTERNATIVO. E, HJ, TEMOS A LAPA (PRA QUEM GOSTA DE CHEIRO DE MIJO). E O LEBLON AINDA É PONTO DE PARADA NA MADRUGA PRA UMA PIZZA OU SANDUBA, MAS NAO TEM MAIS AQUELE CLIMA. AGORA, O BAIRRO (POR CULPA DAS NOVELAS DA GROBO) PARECE UM MISTO DE BARRA COM ALGUM PEDAÇO DOS JARDINS PAULISTANOS, SÓ QUE ARTIFICIAL. FICA CHEIO DE GENTE WANNABE SE ACHANDO, LOTADO DE PAPARAZZI. SÓ O GALETO E A LETRAS & EXPRESSOES AINDA GUARDAM UM JEITO DO BAIRRO DE ANTES. AINDA É UMA BOA OPÇÃO PARA A LARICA DA MADRUGA (TEM O FOCACCIA, O KEB, O ANDYS) MAS É TRISTE VER UM BAIRRO VIRAR PARQUE TEMÁTICO E SE DESCARACTERIZAR TANTO COMO TÁ ROLANDO LÁ...

Comentários

  1. Logo no começo do texto eu ia dizer isto mesmo que você escreveu lá pela metade: as novelas fizeram o favor de tornar o Leblon um Projac ao ar livre. Uma vez, uma amiga da minha esposa que veio do interior queria de qualquer maneira conhecer o Leblon para esbarrar em celebridades e tirar fotos. E conseguiu!

    Abs!

    ResponderExcluir
  2. Pô, Tom... Não sou da época do baixo Leblon, tenho 29, então era muito pequeno...
    Morei algum tempo no bairro, minha mãe mora lá até hoje, e continuo achando o melhor bairro do Rio.
    Diferentemente de Ipanema, que parece exalar uma sofisticação peruesca e vazia, o leblon conserva um ar de bairro família, onde as pessoas se conhecem etc.
    É bem verdade que hoje há esse clima novela-da-Globo que é bem chato, mas, na minha opinião, ainda não avacalhou com o bairro.
    Sem falar que há regiões e regiões... Na área da minha mãe, próxima aos cinemas, acho que ainda consegue se manter afastada do Manoel Carlos way of life.
    Mas pode ser apenas a minha memória afetiva que não me deixa enxergar o que vc fala.

    ResponderExcluir
  3. tbm ja morei la, tiago, qndo a letras era a banca da minha esquina (os donos eram os atendentes) e tudo era mais calmo. mas, realmente, esse lado manoel carlos rola mais da praça ate o baixo, sobretudo na dias ferreira, que, ha nao muito, era uma rua quase deserta. eu gosto das melhorias, mas nao gosto da afetação. mas, ate hj, corto o cabelo no salao do sto agostinho (corto com seu joao ha uns 25 anos!) e la ainda parece um bairro do interior. mas, ate qndo?

    ResponderExcluir
  4. Ah, o meu irmão tb ainda corta lá no Sto. Agostinho. Eu tb ia lá quando era mais novo. Essas coisas ainda fazem do bairro algo interioresco.
    Mas acho que o seu questionamento procede: até qdo?

    ResponderExcluir
  5. sem contar que isso encareceu o bairro. qndo sai da area, os serviços e o condominio foram para a estratosfera (tipo, certa vez o cara que foi instalar um ar no meu quarto cobrou 80% do valor do aparelho so pq era o leblon!) eu mandei ele ir pra puta que o pariu e instalei com o porteiro (rs) e o condo no meu antigo predio ja ta batendo na casa dos $ 3 mil, o que é impraticavel num predio antigo (e mais caro por ser pequeno) hj vivo bem melhor em outra area, mas ainda tenho coisas que faço por lá e adoro o cinemao leblon, o ultimo de rua que restou no rio...

    ResponderExcluir
  6. Outro bairro muito legal da cidade que se modificou de outra forma foi a tijuca. uma copacabana sem praia, maior em extensao, que abrigava o maior numero de salas de cinema da cidade (batia ate a cinelandia), foi tomado pelas favelas nas encostas (que sao o outro lado do que vemos na gavea e jd botanico) e perdeu seu clima de bairro familiar, repleto de ruas com vilas e casa maneiras. se fosse um bairro da zs nao deixariam isso ter acontecido

    ResponderExcluir
  7. Como passei a sair sozinho na metade dos anos 90, estou mais familiarizado com a Lapa. Mas tb apareço no Leblon às vezes, com alguns amigos de lá de perto. Bato um papo, bebo meu guaraná (lei seca, só vou de carro pq é longe) e abstraio das carinhas blasé (owh!).
    Mas a Lapa tem de tudo (fora o ranço de urina) e o bus passa perto (bebe-se sem preocupação). Bateu 5 da matina já fica fácil de pegar o caminho da roça.

    ResponderExcluir
  8. é tom, moro na tijuca desde 1977, quando voltei de brasília...

    hoje, quando vou a praça sans pena, volto deprimido...

    me lembro de ir aos sabados nos grandes cinemas...
    me lembro da estréia do filme do AC/DC à meia noite no América... demais!!

    hoje a sans pena foi sucateada...
    só lojas populares... o comercio melhor foi todo para dentro do shopping tijuca...

    do lebron, me lembro daquele galeto que tinha perto do la mole...

    bem legal, eu e meus amigos, saímos a noite e parávemos lá decidindo para onde íamnos..

    gente parava lá para ficar em pé mesmo, vendo as meninas bonitas passando e bebendo vários chopps gelados...

    bons tempos!!

    ResponderExcluir
  9. Pô , eu que saí fora do Rio há alguns anos noto cada vez mais o sucateamento da cidade. Quando eu vivia no Rio eu não me dava tanta conta da decadência porque vc meio que se acostuma , mas quando vc fica um tempo sem ir dá um choque rever certos lugares.
    Mesmo indo toda semana pro Rio eu não vou a todos os bairros , então quando rola de ir a certos lugares específicos é mto foda , dá uma mistura de tristeza com vergonha , e infelizmente até um alívio por não estar mais na cidade .
    Esse glamour do Leblon é até engraçado , mas como é um bairro gostoso que não está totalmente sitiado ainda , a tendência é que preços e taxas subam ainda mais . Mas se por acaso tivesse que voltar pro Rio acharia ótimo viver lá , mas realmente os preços são sem noção.
    E a tijuca ? Brincadeira .. acho que é o bairro simbolo da decadência do Rio , uma pena . Nos anos 90 pegava o metrô direto pra fuçar cds nas lojas da galeria e a coisa já tava bem estranha , imagino agora ..

    ResponderExcluir
  10. eu msm sendo da zona norte anos atrás frequentava o baixo gávea com a galera do "rock" e dava uns rolés pelo Leblon, era bacana e tb seguro diferente de outros lugares no RJ na época. da última vez q fui mostrando o bairro pro meu boy paulistano encontrei com o Manoel Carlos na letras...hahahaha...e eu dizendo q o bairro não era só cenario de novela, Fail total!

    ResponderExcluir
  11. Bah, a ZN e a ZO estao ferradas ha anos e ninguém fala nada

    ResponderExcluir
  12. Mi corazón mora lá, e ela diz q adoraria morar no "Leblon do Manoel Carlos"... Tb vejo a bio diversidade de "sissis" e "hypadas" direto, uma realidade triste pra um lugar q já foi obrigatório nos finais de noite. Po, nem o spaghetti aos frutos do mar da Guanabara é o mesmo! O bairro poderia ser dividido em 2: o bom Leblon iria do Jardim de Alá até a praça; dali em diante, podia-se chamar Globoville ou qquer coisa q do gênero...

    ResponderExcluir
  13. Que Lebron q nada, o melhor bairro do Rio é Laranjeiras! General Glicério e arredores é como o Leblon dos anos 70, só q sem praia rsrs.

    Saudações tricolores!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

DANCETERIA, UMA MODA FUGAZ

POR CONTA DO POST ANTERIOR (QUE ERA SÓ SOBRE CLUBES ALTERNATIVOS QUE MARCARAM A NOITE CARIOCA), ME PERGUNTARAM SOBRE OUTRAS CASAS, QUE, NA VERDADE, ERAM DE SHOWS, DANCETERIAS. ENTAO, VAMOS LÁ, RELEMBRA-LAS. ANTES: VALE NOTAR QUE O NOME 'DANCETERIA' FOI IMPORTADO DE UMA CASA QUE TINHA ESSE NOME EM NOVA YORK, NOS ANOS 80. ALGUEM TROUXE PRA CÁ (ACHO QUE COMEÇOU POR SP) E ACABOU VIRANDO SINONIMO DE UM TIPO DE LUGAR, QUE MISTURAVA PISTA DE DANÇA COM UMA ATRAÇÃO AO VIVO NO MEIO DA NOITE. METROPOLIS = A PRIMEIRA COM ESSAS CARACTERISTICAS NO RIO FOI A METROPOLIS, EM SAO CONRADO, QUE, ASSIM COMO O CUBATÃO, TBM ABRIU NA SEMANA/MES EM QUE ACONTECIA O PRIMEIRO ROCK IN RIO, JANEIRO DE 1985. COMO O NOME INDICA, SEU LOGOTIPO E SUA DECORAÇÃO IMITAVAM O ESTILO DO CLASSICO SCI-FI DE FRITZ LANG, INCLUSIVE COM PASSARELAS NO MEIO DELA, QUE REMETIAM ÀS PONTES MOSTRADAS NO FILME. SÓ QUE TUDO COM NEON, CLARO. A METROPOLIS FOI PALCO DE MUITOS SHOWS DE BANDAS QUE NAO FAZIAM O PERFIL DO CIRCO VOADOR, PQ ...

BAYAAABAAA!

A TV ITALIANA LEMBRA A TV BRASILEIRA DOS ANOS 70, 80 UMA COISA MEIO SBT NOS PRIMÓRDIOS (TVS) OU TV CORCOVADO (PRE-CNT). É MUITO RUIM E SÓ PASSA COISAS ANTIGAS. O CURIOSO É QUE AS RADIOS LA SAO MAIS LEGAIS DO QUE AS DAQUI, MAIS VARIADAS (TEM ATE UMA VIRGIN RADIO, DE ROCK EM GERAL). MAS A TV LOCAL É DO ARCO DA VELHA. LOGO QUE CHEGO NUMA CIDADE DOU GERAL NO LINEUP DE AUDIO E VIDEO. EM ROMA, ACHEI UM CANAL DEDICADO AOS LANCES JAPAS, A NEKO TV, MAS QUE, CURIOSAMENTE, EXIBIA 'BIGFOOT & WILDBOY', SERIE TRASH DA DUPLA SID & MARTY KROFT (ELO PERDIDO), QUE ROLAVAQUI NO SBT. ATE AI, TUDO BEM. MESMO NAO SENDO JAPA, FAZIA SECULOS QUE NAO VIA AQUILO (AQUI, PÉ GRANDE E GAROTO SELVAGEM). ACONTECE QUE, PELOS PRÓXIMOS CINCO DIAS QUE PASSEI NA CIDADE, O CANAL SÓ EXIBIA O MESMÍSSIMO EPISÓDIO DA PARADA (AQUELE EM QUE APARECE UM SOSIA DO PÉ GRANDE), EM VARIOS HORARIOS! LIGAVA A TV PELA MANHÃ, TAVA LÁ. CHEGAVA DA RUA A NOITE, DE NOVO, A MESMA COISA. O GRITO DE GUERRA DO BIGFOOT, BAYAAABAA! A...

UM BELO FILME DE VINGANÇA!

  Nesta semana, chega aos cinemas brasileiros um concorrente do Oscar nas categorias principais: filme, atriz e direção, entre outras. “Bela Vingança” (“Promising Young Woman”), desde já um dos melhores e mais perturbadores filmes do ano.   Tanto o trabalho de atuação e entrega de Carey Mulligan (como a perturbada Cassandra), como a direção firme de Emerald Fennell (atriz de séries como ‘The Crown’ e ‘Killing Eve’, estreando na direção de longa, com muita competência), bem como toda a parte técnica do filme (além do bom roteiro, fotografia e som impecáveis) é irretocável. O resultado final é um dos mais formidáveis filmes de vingança já vistos. Carey Mulligan, como Cassie      Acompanhamos a tímida e frágil Cassandra, que apesar de já estar na casa dos 30 anos, ainda mora com os pais e não tem namorado (não que isso seja obrigatório, parece nos dizer a personagem, embora não os evite). E, mesmo tendo sido uma universitária com altas notas na cadeira que escolh...