AD ASTRA: RUMO ÀS ESTRELAS
Espaço, a
fronteira final, dizia voz na abertura de ‘Star trek’, na TV. 50 anos depois,
mal saímos da lua ainda, e estamos tentando ir à marte. Em ‘Ad astra: rumo às
estrelas’, o diretor James Gray (‘Z: A cidade perdida’, 2016) nos leva um pouco
mais longe: aos confins de nossa galáxia. É para lá que é enviado o astronauta
Roy McBride (Brad Pitt), na tentativa de encontrar um veterano astronauta
(Tommy Lee Jones) que foi dado como desaparecido, numa missão até Netuno. O
desaparecido, é seu pai.
Nesta
jornada, íntima e pessoal (Pitt, em ótima atuação, digan de prêmios, é quase sempre o único em
cena, perdido em seus pensamentos), Gray nos dá um filme que lembra,
esteticamente, sci-fis clássicos dos anos 1970, até pela fotografia granulada.
Os efeitos especiais são bons e discretos, e o que importa, verdadeiramente, é a trama.
No caminho, vai nos acenando com referências que vão do clássico ‘2001’ a ‘O enigma de Andromeda’ (1971) e até mesmo ao soviético ‘Solaris’ (1972), criando uma espécie de sci-fi cabeça, com
cenas de ação pontuais, para não deixar a plateia perdida no espaço.
O resultado,
é um filme que agradará mais a fãs do gênero do que ao público em geral atual,
acostumado a explosões e supers. ‘Ad astra’ não é isso. E, apesar de se passar
na solidão do espaço (e deixar a mensagem de que realmente podemos estar
sozinhos no cosmos), poderia se situar em qualquer ambiente isolado. Contudo,
no quesito conexão familiar (pai e filho), ‘Interstellar’, de Christopher Nolan, é mais
satisfatório. Só que dura quase o dobro do tempo.
PREDADORES
ASSASSINOS
Recentemente,
fez sucesso no canal SyFy, um filme chamado ‘Sharknado’, que mostrava tubarões
voadores (!), em meio a tempestades, em plena Los Angeles! Deu tão certo (!!), que
vieram várias sequências (!!!). Cada uma, pior do que a anterior. Não é bem o
caso de ‘predadores assassinos’ (‘Crawl’), que envolve crocodilos imensos, no
meio de uma tempestade causada por furacão, na Flórida.
O filme,
dirigido pelo francês Alexandre Aja (do remake ‘Piranha 3D’), felizmente, não vai para o lado do trash.
Situa-se na área do filme B de ação. É cheio de momentos absurdos, mas nunca
engraçados. É para dar aflição. Sua força,
além dos bichos criados por efeitos especiais (CGI), reside - quase que
totalmente - na protagonista, feita com vigor por Kaya Scodelario (a Effy, de 'Skins'), como uma
moça que vai resgatar o pai praticamente no olho do furacão (e onde estão os
répteis, claro). Detalhe: ela é eximia nadadora. Apesar de rotineiro, o filme
dá o seu recado sem pretender ser mais do que é.
RUGIDO: BOCEJO DE CROCODILO
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