Pular para o conteúdo principal

THE BOYS: HERÓIS SEM CARÁTER




Num mundo onde, quase toda semana, somos bombardeados com algum novo filme de super herói (conhecido ou mesmo inédito) e inúmeras sequencias destes - o que chega a dar fastio, até mesmo nos fãs mais ferrenhos -, eis que, uma serie de webtv, baseada em quadrinhos, traz um sopro de novidade ao gênero; estamos falando de ‘The Boys’, do Amazon Prime.



   A série, baseada em quadrinhos homônimos americanos, criados por Garth Ennis (texto) e Darrick Robertson (ilustrações) é repleta de humor negro, cenas fortes e nos leva a pensar: como seria um mundo no qual realmente existissem os ‘supes’ (como chamam lá)?  Em apenas oito episódios, com uma hora, cada, somos introduzidos a um grupo chamado The Seven (composto por sete super heróis, é claro), que são controlados por uma poderosa corporação, a Vought International, que monitora cada passo do time, e cuida de seus perfis e publicidade, escolhendo até mesmo, que tipo de crime irão combater.
   
Acontece que, por conta de um acidente, no qual a namorada de um pacato rapaz, Hughie (Jack Quaid), fica em pedaços, ao ser atingida por um destes supes, A-Train (Jessie T. Usher), que tem o poder da super velocidade, qual um Flash; ele, em vez de reparação e indenização, parte em busca de vingança. Acaba chamando a atenção de outra pessoa na mesma situação, o inglês Billy Butcher (Karl Urban, de ‘Dredd’), que, junto com mais dois amigos, formam um grupo de vingadores, o The Boys do título. *mais adiante, entra para o grupo, uma misteriosa asiática



   No processo, vamos conhecendo cada um dos tais ‘heróis’. Na verdade, gente muito estranha, vil e até mesmo cruel. Como o egocêntrico e assediador The Deep (Chace Crawford), camarada com dotes submarinos, tipo um Aquaman; Translúcido (Alex Hassell), que fica invisível; Queen Maeve (Dominique McElligott), equivalente da Mulher Maravilha; o calado e soturno Black Noir (Nathan Mitchell) e, o mais poderoso, e comandante do time, o arrogante Homelander (Antony Starr), um Superman com sérios problemas psicológicos. Abre uma vaga no time e, entra para o sétuplo, a inocente e boa gente Starlight (Erin Moriarty), que logo percebe o clima esquisito no ar.    A comandar a equipe, no lado corporativo, a fria e calculista executiva Madeline Stillwell (Elisabeth Shue, de filmes como ‘Despedida em Las Vegas’, pelo qual concorreu ao Oscar), que faz tudo para capitalizar em cima da fama dos heróis e, assim, conseguir controle total do país, através de contratos com o Pentágono.


   Pelo jeito cru e direto como conta a história, o mais próximo possível do material original (há algumas mudanças, que não interferem no todo), ‘The Boys’ redefine o modo como vimos, até agora, super-heróis na TV - e, mesmo no cinema -, revitalizando um gênero que já estava muito cansado e batido. E, sobretudo, dirigido mais para adolescentes/fanboys.



   É tão boa, que dá vontade de maratonar (é quase impossível não querer ver o próximo episódio, após assistir ao piloto). Aclamada por público e crítica, já garantiu a segunda temporada. É o mais próximo que temos dos gibis que originaram a série, que são um bocado mais sujos e pesados. Mas, chega perto.
 Ah, definitivamente, não é para crianças!


Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

DANCETERIA, UMA MODA FUGAZ

POR CONTA DO POST ANTERIOR (QUE ERA SÓ SOBRE CLUBES ALTERNATIVOS QUE MARCARAM A NOITE CARIOCA), ME PERGUNTARAM SOBRE OUTRAS CASAS, QUE, NA VERDADE, ERAM DE SHOWS, DANCETERIAS. ENTAO, VAMOS LÁ, RELEMBRA-LAS. ANTES: VALE NOTAR QUE O NOME 'DANCETERIA' FOI IMPORTADO DE UMA CASA QUE TINHA ESSE NOME EM NOVA YORK, NOS ANOS 80. ALGUEM TROUXE PRA CÁ (ACHO QUE COMEÇOU POR SP) E ACABOU VIRANDO SINONIMO DE UM TIPO DE LUGAR, QUE MISTURAVA PISTA DE DANÇA COM UMA ATRAÇÃO AO VIVO NO MEIO DA NOITE. METROPOLIS = A PRIMEIRA COM ESSAS CARACTERISTICAS NO RIO FOI A METROPOLIS, EM SAO CONRADO, QUE, ASSIM COMO O CUBATÃO, TBM ABRIU NA SEMANA/MES EM QUE ACONTECIA O PRIMEIRO ROCK IN RIO, JANEIRO DE 1985. COMO O NOME INDICA, SEU LOGOTIPO E SUA DECORAÇÃO IMITAVAM O ESTILO DO CLASSICO SCI-FI DE FRITZ LANG, INCLUSIVE COM PASSARELAS NO MEIO DELA, QUE REMETIAM ÀS PONTES MOSTRADAS NO FILME. SÓ QUE TUDO COM NEON, CLARO. A METROPOLIS FOI PALCO DE MUITOS SHOWS DE BANDAS QUE NAO FAZIAM O PERFIL DO CIRCO VOADOR, PQ

blue velvet

Os posts aqui surgem do nada, out of the blue, como em hiperlinks da internet. e nessa de relembrar coisas aleatoriamente, apareceu num dos sites de torrents que frequento um filme chamado "little girls blue". que foi o meu primeiro porno. e, como diz a frase daquele anuncio, a gente nunca esquece do primeiro. principalmente em se tratando disso, numa epoca em que tudo poraqui era proibido. entao, no começo dos 80´s, quando o país ainda era uma ditadura, tive contato com esse filme. Sabadão, fui na casa de um bro no jardim botanico fazer chill in pra noitada. o cara tinha um telao em casa e um aparelho de vhs gigantesco com retroprojeçao (soube mais tarde q o pai dele era diretor da grobo, dai os equipamentos, que, entao, eram de ponta total, o vcr caseiro ainda nao era uma realidade). la, ele tinha uma meia duzia de fitas, todas piratas, claro, entre as quais um show (sei la, acho q era woodstock), clipes da mtv, o famoso caligula e o little girls blue. como esse era mais cu

ROCKS TARDES DE DOMINGO...

  LÁ VAMOS NÓS PARA MAIS UM PASSEIO PELA MEMORY LANE, CUJO GATILHO FOI ATIVADO POR UMA MÚSICA. ESTAVA OUVINDO O ÁLBUM DE 40 ANOS DO KISS, QUANDO ROLOU 'DO YOU LOVE ME'. NA HORA, VIERAM MONTES DE LEMBRANÇAS QUE PASSEI AO SOM DESSA MUSICA (E TBM DE ROCKN ROLL ALL NITE) NOS BAILES DE ROCK QUE ROLAVAM AOS DOMINGOS NO CLUBE DE REGATAS GUANABARA, EM BOTAFOGO, COMANDADOS PELA EQUIPE META-SOM, DO DJ ANIBAL. DE 6 AS 10PM.   EU MAL DEVIA TER 12, 13 ANOS QUANDO COMECEI A FREQUENTAR O BAILE, O PRIMEIRO A QUE FUI, SOZINHO, SÓ COM AMIGOS. E, COMO DUROS QUE ÉRAMOS, GERALMENTE ENTRÁVAMOS DE PENETRA, PULANDO GRADES E MUROS EM VOLTA DO CLUBE. DEVO TER PAGADO APENAS MEIA DUZIA DE VZS, EM, SEI LÁ, DOIS ANOS. ERAM MEADOS DOS 70S. O ROCK MANDAVA. MAS A FESTA COMEÇAVA, INVARIAVELMENTE, COM 'DANCING QUEEN', DO ABBA, QUE ERA CONSIDERADA UMA BANDA ROCK, JA QUE AINDA NAO EXISTIA A DISCO MUSIC E O CONCEITO DE POP/ROCK ERA AMPLO.   E, COMO QUALQUER BAILE DE FUNK E SOUL DA ÉPOCA (QUE ROLAVAM DO OUTR