Algo que
sempre lamentamos no cinema brasileiro, de modo geral, é a falta de bons
roteiros e tramas originais. Sempre usamos os argentinos como exemplo disso (tanto
é, que eles já ganharam dois Oscars). Até temos algumas produções bacanas
pontualmente, mas que falham miseravelmente neste aspecto. Aqui, o estilo
televisivo, virou padrão.
Não é o caso
do ex-crítico de cinema recifense Kleber Mendonça Filho, que nos deu um exemplo
de filme original, redondo e bem arrematado na sua estreia em longa (depois de
meia dúzia de curtas), com o magnífico ‘O som ao redor’ (2012). Agora, depois
do também aclamado ‘Aquarius’ (2016, que trouxe Sonia Braga de volta aos
grandes papéis), KMF traz o seu melhor: ‘Bacurau’, no qual co-assina a direção
e roteiro com Juliano Dornelles.
Assim como
seus dois longas anteriores, ‘Bacurau’ é um filme que vai sendo construído
lentamente, nos detalhes. Mas, desta vez, KMF soltou mais o seu lado
nerd/cinéfilo. E, qual um Tarantino do agreste, nos presenteia com um filme que
é, ao mesmo tempo, uma espécie de releitura do cangaço (tem cenas bastante
gore), um tipo de filme B (tem até Udo Kier, clássico vilão de filmes trash
europeus) com tintas sci-fi (se passa num futuro próximo e tem um quê de ‘Eles
vivem’, de John Carpenter), chegando, até mesmo, a lembrar Jodorowsky (‘El
topo’), com seu toque lisérgico. E, claro, como em todos os seus filmes, a
trilha sonora, também é muito importante. É quase uma coadjuvante. Ela nos diz coisas.
Bacurau, é o
nome de uma cidadezinha perdida no meio do sertão, que tem uma população
bastante unida, e que rechaça os políticos e influencias externas (sequer há
delegacia de polícia lá). Contudo, pressentem que algo estranho está para
acontecer, quando, subitamente, a cidade sai do mapa nos GPS e as comunicações
telefônicas são cortadas. A partir daí, tudo fica bizarro. Ninguém sabe o que
está se passando de fato. É um filme seco, pesado, tenso. E totalmente original. Além de, também, uma alegoria política aos tempos sombrios que vivemos.
Junto com
outro pernambucano, o louco e genial Cláudio Assis, KMF é dos poucos cineastas contemporâneos
brasileiros que ousam, vão além do óbvio, e, por isso, repelem e assustam (Assis) ou são
recompensados em festivais internacionais (KMF). ‘Bacurau’ vem colecionando
prêmios por onde passa (ganhou o do júri, em Cannes 2019, entre muitos outros). Tomara que as platéias brasileiras prestigiem este filme, diferente da média nacional.
RUGIDO: FORTE
Hello tom Leao . Estou ANsIOSO Por Essse film , ADORO films Claudio ASSIS TAIS Como VC . So
ResponderExcluirQue Como Moro em
UK Creio q so se TIVER Sorte c Ver Na internet, 2 Outros Assuntos , Lia Muito o R.fanzine , Admira-o e RESPEITO -o Por MUITAS boas Materias E UMa vez pedi Materia Besouro verde ( Que FUI Atendido ) PRA Terminar , Nunca CONSEGUI achar livro heavy - guitarras em Furia , Por Favor VC Tem algum p vender ? Com Autografo ? Please .. Meu email Nikopcurcio@aol.com .. Ah Tenho livro Rio fanzine - Comprado no RJ ha Uns Anos atras Por 1 primo Meu " que me trouxe " Em PEDIDO Meu " Birthday gift " um Abracao NIKO
nao tenho nenhuma copia extra do livro. tente em sebos digitais
ResponderExcluir