Pular para o conteúdo principal

PARA ADULTOS. MAS, NÃO TANTO ASSIM...


Depois que passam os filmes de férias, começam a chegar aos cinemas do Brasil, filmes para o público adulto (não eróticos, mas proibido para menores). Três deles, estreiam nesta quinta:



UM PEQUENO FAVOR/A SIMPLE FAVOR

Num subúrbio de Nova York, os universos de uma mãe travada (Anna Kendrick, muito boa) e de uma descolada (Blake Lively, linda), colidem. Com o súbito sumiço da bonitona, a outra resolve investigar, por conta própria. Acaba desenrolando uma teia com detalhes escabrosos do que jamais imaginaria. Por conta disso, sua vida muda de forma drástica. 

Com este ‘A simple favor’, o diretor Paul Feigg (do fracassado remake de ‘Ghostbusters’) conseguiu transformar o que seria mais uma comédia corriqueira feminina, numa espécie de thriller noir (ainda que bem colorido), que remete tanto a Hitchcock (nos letreiros ao estilo Saul Bass) quanto ao clássico francês ‘As diabólicas’, de H. G. Clouzot (inclusive, citado no filme).

Como é uma comédia para adultos, situações e palavreados são um pouco mais pesados do que a média (contudo, foram bastante amaciados na legendagem em português). No fim, este suspense bem azeitado – mas que dá uma fraquejada no final --, também é sobre amizade feminina.

Rugido: médio




A PRIMEIRA NOITE DE CRIME/ THE FIRST PURGE

O primeiro filme da série ‘Purge’ (‘Uma noite de crime’, 2013) trazia uma ideia original: num Estados Unidos distópico, em futuro próximo, o crime e a violência são combatidos com um evento onde, uma vez por ano, por 12 horas, vale tudo: vandalismo, assassinato, o que for. Assim, a raiva é expurgada, e as diferenças são resolvidas. Virou um esporte nacional.

Este quarto capitulo, ‘The first purge’ (o primeiro não dirigido por James DeMonaco, criador da série), finalmente, mostra como tudo começou: uma experiência, criada por um novo partido político americano, que, na verdade, visava dizimar minorias num bairro pobre de Nova York. E, as pessoas aderem a ela, em troca de boa quantia em dinheiro.

Contudo, a premissa interessante, que tenta fazer paralelo com os EUA de Trump (mas, falha), não decola. Acaba sendo o mais fraco de todos, apesar da violência de sempre. Serve apenas como preambulo para série, que se passa logo depois dele, exibida no canal SyFy.

Rugido: fraco



THE HAPPYTIME MURDERS/ CRIMES EM HAPPYTIME

Numa Los Angeles onde bonecos convivem com humanos (sem uma explicação, como havia em Roger rabbit, onde humanos se misturavam com cartuns), estes, são alvo de preconceito da população. Logo, passam a ser alvos também de assassinatos. E, Phil, um policial boneco (voz de Bill Baretta, produtor de vários filmes dos Muppets), descobre que, todos os mortos, faziam parte de famosa série de TV, e estavam para receber uma fortuna em royalties.

Com algo de policial noir, duplas desajustadas (Phil é parceiro de policial humana, feita pela sempre exagerada, e sem graça, Melissa MacCarthy) e todos os clichês do gênero, este ‘The Happytimes murders’ (dirigido por Brian Henson, herdeiro de Jim, criador dos Muppets), só difere por ter bonecos falando palavrões. E desperdiça os talentos de coadjuvantes de luxo, como Maya Rudolph (a melhor em cena), Joel McHale e Elizabeth Banks.

De resto, é flat em humor e ritmo. O que seria subversivo ou diferente, é apenas tedioso. Parece que, só os manipuladores, se divertiram. Como vemos nas cenas dos créditos finais.

Rugido: nenhum

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DANCETERIA, UMA MODA FUGAZ

POR CONTA DO POST ANTERIOR (QUE ERA SÓ SOBRE CLUBES ALTERNATIVOS QUE MARCARAM A NOITE CARIOCA), ME PERGUNTARAM SOBRE OUTRAS CASAS, QUE, NA VERDADE, ERAM DE SHOWS, DANCETERIAS. ENTAO, VAMOS LÁ, RELEMBRA-LAS. ANTES: VALE NOTAR QUE O NOME 'DANCETERIA' FOI IMPORTADO DE UMA CASA QUE TINHA ESSE NOME EM NOVA YORK, NOS ANOS 80. ALGUEM TROUXE PRA CÁ (ACHO QUE COMEÇOU POR SP) E ACABOU VIRANDO SINONIMO DE UM TIPO DE LUGAR, QUE MISTURAVA PISTA DE DANÇA COM UMA ATRAÇÃO AO VIVO NO MEIO DA NOITE. METROPOLIS = A PRIMEIRA COM ESSAS CARACTERISTICAS NO RIO FOI A METROPOLIS, EM SAO CONRADO, QUE, ASSIM COMO O CUBATÃO, TBM ABRIU NA SEMANA/MES EM QUE ACONTECIA O PRIMEIRO ROCK IN RIO, JANEIRO DE 1985. COMO O NOME INDICA, SEU LOGOTIPO E SUA DECORAÇÃO IMITAVAM O ESTILO DO CLASSICO SCI-FI DE FRITZ LANG, INCLUSIVE COM PASSARELAS NO MEIO DELA, QUE REMETIAM ÀS PONTES MOSTRADAS NO FILME. SÓ QUE TUDO COM NEON, CLARO. A METROPOLIS FOI PALCO DE MUITOS SHOWS DE BANDAS QUE NAO FAZIAM O PERFIL DO CIRCO VOADOR, PQ

ROCKS TARDES DE DOMINGO...

  LÁ VAMOS NÓS PARA MAIS UM PASSEIO PELA MEMORY LANE, CUJO GATILHO FOI ATIVADO POR UMA MÚSICA. ESTAVA OUVINDO O ÁLBUM DE 40 ANOS DO KISS, QUANDO ROLOU 'DO YOU LOVE ME'. NA HORA, VIERAM MONTES DE LEMBRANÇAS QUE PASSEI AO SOM DESSA MUSICA (E TBM DE ROCKN ROLL ALL NITE) NOS BAILES DE ROCK QUE ROLAVAM AOS DOMINGOS NO CLUBE DE REGATAS GUANABARA, EM BOTAFOGO, COMANDADOS PELA EQUIPE META-SOM, DO DJ ANIBAL. DE 6 AS 10PM.   EU MAL DEVIA TER 12, 13 ANOS QUANDO COMECEI A FREQUENTAR O BAILE, O PRIMEIRO A QUE FUI, SOZINHO, SÓ COM AMIGOS. E, COMO DUROS QUE ÉRAMOS, GERALMENTE ENTRÁVAMOS DE PENETRA, PULANDO GRADES E MUROS EM VOLTA DO CLUBE. DEVO TER PAGADO APENAS MEIA DUZIA DE VZS, EM, SEI LÁ, DOIS ANOS. ERAM MEADOS DOS 70S. O ROCK MANDAVA. MAS A FESTA COMEÇAVA, INVARIAVELMENTE, COM 'DANCING QUEEN', DO ABBA, QUE ERA CONSIDERADA UMA BANDA ROCK, JA QUE AINDA NAO EXISTIA A DISCO MUSIC E O CONCEITO DE POP/ROCK ERA AMPLO.   E, COMO QUALQUER BAILE DE FUNK E SOUL DA ÉPOCA (QUE ROLAVAM DO OUTR

blue velvet

Os posts aqui surgem do nada, out of the blue, como em hiperlinks da internet. e nessa de relembrar coisas aleatoriamente, apareceu num dos sites de torrents que frequento um filme chamado "little girls blue". que foi o meu primeiro porno. e, como diz a frase daquele anuncio, a gente nunca esquece do primeiro. principalmente em se tratando disso, numa epoca em que tudo poraqui era proibido. entao, no começo dos 80´s, quando o país ainda era uma ditadura, tive contato com esse filme. Sabadão, fui na casa de um bro no jardim botanico fazer chill in pra noitada. o cara tinha um telao em casa e um aparelho de vhs gigantesco com retroprojeçao (soube mais tarde q o pai dele era diretor da grobo, dai os equipamentos, que, entao, eram de ponta total, o vcr caseiro ainda nao era uma realidade). la, ele tinha uma meia duzia de fitas, todas piratas, claro, entre as quais um show (sei la, acho q era woodstock), clipes da mtv, o famoso caligula e o little girls blue. como esse era mais cu