
O filme conta a história (real) da cortesã Lola Montés (na verdade, uma irlandesa nascida Eliza Rosanna Gibert), que, através da arte da dança e da sedução (tinha corpo e rosto lindos), foi amantes de nomes como o compositor Franz Liszt e do rei da Baviera -- the power of the pussy --, até acabar a farra e se exilar nos EUA, onde virou atração circense (!). As pessoas iam lá para ver a mulher à frente de seu tempo, que botou a Europa a seus pés e provocou revoluções. Além da entrada para o espetáculo, pagavam um dólar (do Séc. 19) só para pegar em sua mão!
Sua vida é contada num picadeiro de circo, com numeros que reproduzem alguns momentos que estão sendo narrados se intercalando com cenas em flashback. Da para notar onde foi que o Baz Luhrman se inspirou para fazer certas cenas de 'Moulin Rouge'. O filme (que rola em francês, alemão e inglês) é uma cascata de cores, sequencias muito bem feitas, cenários e visuais maravilhosos (de fazer babar galera de foto e moda). O diretor, em seu primeiro e unico filme colorido, foi perfeito em sua reconstituição de época e ao dar um toque pessoal à narrativa.
A atriz principal, Martine Carol, foi quase uma reencarnação de Lola, uma femme fatale francesa dos anos 1940 e 50, que teve vários casos famosos (e uma série de filmes em que interpretava mulheres sexy e decididas) e saiu de cena após a chegada de Brigitte Bardot; Morreu cedo, 47 anos, supostamente suicídio (o qual ja havia tentado antes do filme, o seu maior sucesso), já que ela não suportava ficar velha e ver a sua beleza ir embora. Era realmente estonteante...

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