Hoje em dia, existem tantas plataformas para lançar
material audiovisual que, às vezes, faltam ideias. Assim como no cinema, as
sequencias e prequels servem para preencher as janelas, os serviços de streaming
também precisam de material para encher seus catálogos. Por isso, filmes, tem virado
séries. É o que rolou com dois cult movies recentes: ‘Snowpiercer’ (‘Expresso do amanhã’,
2013), de Bong Joon-Ho (do aclamado e premiado ‘Parasita’); e ‘What we do in
the shadows’ (‘O que fazemos nas sombras’, 2014), produção neozelandesa que
revelou o diretor Taika Watiti (de ‘Thor: Ragnarok’) e Jemaine Clement (da
dupla de músicos-humoristas Flight of The Conchords).
‘Expresso do
amanhã’ é um filme magnífico, que, por conta de problemas de distribuição, não
foi bem lançado, e demorou a chegar a outros países (aqui, quase dois anos
depois, e só nas salas ‘de arte’). Baseado em graphic novel francesa, ‘Le Transperceneige’),
mostra um planeta Terra congelado (após uma experiencia científica que deu
errado), no qual os últimos habitantes moram dentro de um trem com dezenas de
vagões. Por conta disso, surge um novo sistema de classes que - como sempre -,
prejudica os mais pobres. A série (do Netflix), vem para explorar estes
aspectos com mais detalhes. Mas, pelo que vi (os episódios são semanais, já tem
dois disponíveis), é muito fraca, comparada com a fonte. Não vale a pena acompanhar. O original, está no catálogo do Prime Video, da Amazon. Tem aquele mix de critica social e sátira, que Bong faz muito bem.
Já ‘O que
fazemos nas sombras’ (outra do catálogo Netflix, cujo filme original também
está disponível no acervo do Prime Vídeo), manteve muito bem o seu clima de
comédia de terror na transposição para a telinha, embora não tenha mais seus
criadores e protagonistas originais (Clement, apenas presta consultoria e checa
roteiros). Assim como no filme (que é um hilário documentário fake), acompanhamos um divertido trio de vampiros
centenários, que precisam se adaptar aos novos tempos. No longa, eles viviam na
Nova Zelândia (que, por ser isolada, virou point dos vampiros). Na série, estão em Staten Island, Nova York. Este, não vai
irritar a quem curtiu a fonte original. É engraçado igual. Tanto, que já está
na segunda temporada. Vale à pena.
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