PEDIMOS AO AMIGO VITOR DINIZ (DO SITE 'POPMIX') PARA ESCREVER SOBRE A ATUAL CENA MUSICAL DA IRLANDA, POR ONDE ELE PASSOU, RECENTEMENTE, E VIU UM SHOW DO... UNDERTONES!
ENTÃO, AQUI VAI O RELATO:
Galway, Undertones (40 anos!) e a cena da Irlanda!
Em uma cidade em que a música está em cada esquina, como Galway, nada melhor do que marcar presença em uma das casas mais tradicionais para shows da Irlanda. Apesar de contar com muitos locais atraentes, era quase sempre no famoso Roisin Dubh, que eu colava para ver performances impagáveis. O Roisin Duhb é um pub com boa estrutura para as bandas tocarem, sendo que, subindo as escadas, podemos explorar uma pista de dança e um espaço ao ar livre. O lugar, que entrega uma atmosfera intimista, está localizado na parte central desta que é uma das mais visitadas cidades da Irlanda. Ali pude ver finalmente os Undertones em ação.
Em uma cidade em que a música está em cada esquina, como Galway, nada melhor do que marcar presença em uma das casas mais tradicionais para shows da Irlanda. Apesar de contar com muitos locais atraentes, era quase sempre no famoso Roisin Dubh, que eu colava para ver performances impagáveis. O Roisin Duhb é um pub com boa estrutura para as bandas tocarem, sendo que, subindo as escadas, podemos explorar uma pista de dança e um espaço ao ar livre. O lugar, que entrega uma atmosfera intimista, está localizado na parte central desta que é uma das mais visitadas cidades da Irlanda. Ali pude ver finalmente os Undertones em ação.
O público, maduro como era de se esperar em um concerto de um grupo que chegou ao disco em 1979, era dos mais interessados e com uma pilha contagiante. Durante todo o show, a galera vibrava junto com a banda que ajudou a moldar a cultura punk. Boa parte dos presentes tinha sempre um pint de Guinness na mão. Afinal, além do rock, a cremosa cerveja preta é outra referência irlandesa. Claro que a clássica ''Teenage Kicks'', eternizada por John Peel (era a msica favorita do saudososo e inesquecível DJ da BBC, nota do leão), levou todos que lotavam o lugar ao extase e por isso, o Undertones mandou a faixa que era adorada pelo influente DJ e radialista, pela segunda vez no encerramento da festa. O grupo apesar de não contar mais com sua formação original, ainda mostra uma eficiência muito grande com todos seus componentes em grande forma, inclusive Paul McLoone nos vocais. No melhor estilo Do It Yourself, eles arrasaram em números como ''Jimmy Jimmy'' e ''My Perfect Cousin'' (que, o camisa de vênus plagiou aqui como 'meu primo zé'), além, é claro, do já mencionado hino ''Teenage Kicks''. O show de abertura ficou por conta do Oh Boland, que, com seu rock garageiro, já havia tocado em outro evento bacana, dias antes no mesmo palco.
Underground local
Nesta outra tal noite, em que o Oh Boland se apresentou, outras nove bandas tocaram no Roisin Dubh, no Strange Brew Summer Shinding #13 (vale destacar que em um evento semelhante em 2013, o Jet Setter marcou presença!). Com jeitão de festa da turma do rock irlandês, o evento fez um belo raio X do mercado indie local.
O Autre Monde, por exemplo, é um tanto impactante ao vivo com sua clara devoção pelo pós-punk, lembrando Television e Wire. Destaque para a atuação do vocalista Paddy Hanna, figura carimbada do underground da Irlanda, que logo depois mandou bonito com seu outro projeto em que assina como Paddy Hanna. Neste trabalho, o carismático músico aponta para uma direção mais lírica e com melodias grudentas, que me fizeram pensar no Cinerama e até no Belle&Sebastian, em alguns momentos.
Outro que dialoga com categoria, com arranjos delicados, é o New Pope, que também está mandando muito bem por lá, com seu som indie e folk cheio de estilo. Mas a turma toda no Roisin Dubh, que ostenta em suas paredes cartazes de shows de grupos como Franz Ferdinand e Maximo Park, dançou muito com o show do Le Boom, uma dupla de Dublin, que merece toda a nossa atenção com seu indie, eletrônico e direto.
Entre outras bandas, na reta final da maratona pop, o refrescante rock com um certo tempero punk e despretensioso do No Monster Club, também fez a alegria de todos. O trio é muito bom ao vivo e me fez sair em direção à famosa Shop Street com suas músicas na cabeça.
Em uma outra noite, tive que voltar ao Roisin Dubh para presenciar o show da aclamada Nadia Reid. Eu não disse que esse lugar é obrigatório? A curadoria deles parece certeira. E ainda pensar que pertinho dali, no vizinho Moroe's Live, tive a chance de ver Badly Drawn Boy, em um show que fez parte do Festival de Artes de Galway.
A imprensa irlandesa tem enfocado direto nomes como The Coronas e Fangclub. Ambos os grupos são altamente hypados com méritos, e estavam em destaque na importante revista Hot Press. Apesar de não ter visto nenhum dos dois que estão numa fase mais Mainstream e suas datas não batiam com as minhas, voltei satisfeito e com a sensação de ter visto boa parte da nata do rock daquele apaixonante pais. (VITOR DINIZ, DA IRLANDA, PARA O NA COVA DO LEÃO)
A imprensa irlandesa tem enfocado direto nomes como The Coronas e Fangclub. Ambos os grupos são altamente hypados com méritos, e estavam em destaque na importante revista Hot Press. Apesar de não ter visto nenhum dos dois que estão numa fase mais Mainstream e suas datas não batiam com as minhas, voltei satisfeito e com a sensação de ter visto boa parte da nata do rock daquele apaixonante pais. (VITOR DINIZ, DA IRLANDA, PARA O NA COVA DO LEÃO)
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