Em meio a
essa enxurrada de series e programas em que vivemos mergulhados atualmente
(haja conteúdo para alimentar tantos serviços de streaming e canais diversos),
fica difícil escolher qual série assistir, qual programa acompanhar, onde está
aquele filme ou documentário bacana. Toda hora, alguém pede alguma dica. Por isso, muita gente, atualmente, acaba
apelando para as redes sociais. Vão lá e perguntam no Facebook, no Twitter, aos
amigos de sua timeline. Porque, tem horas, que cansa, só navegar, e não ver
nada, pelos menus de Amazon, Netflix, GloboPlay etc.
Por isso, só agora (e, por falta de tempo, também),
acabei chegando em ‘Killing Eve’, exatamente com um ano de atraso. A série
britânica foi lançada em abril de 2018, pela BBC, entrou nos EUA pela BBC
America e, na sequência, ganhou alguns prêmios, também – entre eles, o Globo de
Ouro, de melhor atriz em série/drama de TV, para Sandra Oh (aquela, de ‘Grey´s
Anatomy e do filme ‘Sideways’). Valeu a investida.
Com apenas oito capítulos na primeira temporada,
‘Killing Eve’ (baseada numa série de livros, ‘Codename Villanelle’, de Luke
Jennings) não apenas fez sucesso imediato -- o que lhe garantiu, logo de saída,
uma segunda temporada, que acabou de estrear -- como vem ganhando status de
cult a cada dia. A série, adaptada para a TV por Phoebe Waller-Bridge (da
divertida minissérie ‘Fleabag’, da Amazon Prime), já está com uma terceira
temporada garantida para abril de 2020. O que aconteceu logo no dia seguinte a
estreia da nova! Mais do que merecido.
Do que se
trata? É uma série, mais ou menos, de espionagem. Mas não como as que já vimos antes (tipo 'Alias' e similares). Nesta,
acompanhamos o ‘trabalho’ da assassina profissional Villanelle (Jodie
Comer, sensacional, sob todos os aspectos), especializada em matar gente poderosa. Linda e desenvolta, vai lá e
faz, com precisão cirúrgica, e sem deixar pistas. Acontece que, após alguns
anos, e se sentindo intocável, Villanelle começa a ‘dar mole’. E entra no radar
de uma agente interna do MI6 inglês, Eve Polastri (Sandra Oh), que, nos
detalhes, percebe tratar-se de uma mulher cometendo os crimes. A partir daí, a
vida das duas vai se conectando, de maneira cada vez mais inseparável. A ponto de se tornar uma obsessão na vida de
Eve. E de Villanelle, também.
Mas, por que vale
a pena ver? Não apenas pelas excelentes atuações das duas atrizes principais (Jodie Comer, que faz a vilã, merece todos os aplausos, é uma das melhores psicopatas dos últimos anos; não à tôa, acaba de ganhar o BAFTA de melhor atriz),
como pelo lado ‘humano’, que enfoca os funcionários de um importante serviço secreto,
de modo banal, nada glamuroso. Na rotina diária, Eve passa por coisas típicas
de escritórios comuns (chefes chatos, colegas de trabalho irritantes, falta de
reconhecimento) e, na vida pessoal, está precisando apimentar as coisas com o
marido polonês. A chegada de Villanelle em sua vida, faz tudo mudar. Radicalmente.
Como todo filme ou série de espionagem, as aventuras
de Villanelle se passam em diversos países e lugares. Ora ela está em Viena ou
na Toscana, as vezes em seu apartamento em Paris, para logo depois embarcar
para Londres, Moscou ou Berlim. Sua vida nunca é monótona. E, sua conta bancária, é
recheada. Bem o contrário da funcionária do governo, mal vestida (a primeira coisa que Villanelle, maníaca por detalhes, nota nela haha). A personagem é fascinante.
Então, se você procura algo dinâmico, bem escrito (a
roteirista Waller-Bridge, foi até chamada para ‘polir’ o roteiro do novo James
Bond), com ação, humor e boas atuações, a dica deste blog é ‘Killing Eve’, que,
no Brasil, está disponível na GloboPlay (que, vai começar a exibir a segunda temporada, em 24 de maio). Aliás, a mesma autora tbm escreve (e atua em) 'Fleabag', já com duas temporadas, que comentarei depois.
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