DESDE QUE VI UM FILME DO WES ANDERSON PELA PRIMEIRA VEZ, 'THE ROYAL TENEMBAUMS' (QUE NAO ERA O SEU PRIMEIRO, SÓ FUI VER 'RUSHMORE' DEPOIS EM VIDEO, E 'BOTTLE ROCKET', NA TV PAGA), FIQUEI FASCINANDO COM O CARA, QUE, DE CARA, APRESENTAVA UM ESTILO TODO PROPRIO DE FILMAR E DE IMAGINAR AS COISAS. QUE ELE SÓ FOI APERFEIÇOANDO A CADA TRABALHO. ATÉ CHEGAR NO SENSIVELMENTE ROMANTICO 'MOONRISE KINGDOM' (2012).
RECENTEMENTE, ASSISTI A 'THE GRAND BUDAPEST HOTEL' (EM CARTAZ). E CHAPEI DE NOVO. NESTE, WES PARECE QUE JUNTOU TODAS AS SUAS MANIAS E OBSESSÕES NUM FILME SÓ, COMO SE ESTIVESSE BRINCANDO COM UMA ENORME CASA DE BONECAS (USA MUITAS MAQUETES PARA IMAGINAR SEUS MUNDOS, COMO STORYBOARDS), DISPONDO DOS PERSONAGENS DE MODO CRIATIVO E FASCINANTE, E ENROLANDO O TODO NUM EMBRULHO MUITO BEM FEITO, COMO AQUELES DOS REFINADOS DOCES EUROPEUS.
OS FILMES DO CAMARADA SÃO DIFÍCEIS DE EXPLICAR, PQ SÃO MAIS PARA SEREM VISTOS, ABSORVIDOS, SORVIDOS. E NO CINEMA. POR ISSO, MESMO JA TENDO SAIDO O BDRIP, ESPEREI PELA CABINE. PQ A FOTOGRAFIA SEMPRE É UM SHOW À PARTE. EM BUDAPEST, COMO NUNCA ANTES, ELE JUNTOU UMA TAL QUANTIDADE DE (BONS) ATORES -- ALGUNS PARA APENAS UMA OU DUAS CENAS --, QUE, FICA CLARO QUE, ESTES DEVEM SE OFERECER PRO CARA. ALÉM DOS CONTUMAZES OWEN WILSON, BILL MURRAY E JASON SCHWARTZMAN, TEMOS AGORA MATTHIEU ALMARIC, LEA SEYDOUX, WILLEM DAFOE, ADRIEN BRODY, TILDA SWINTON (BIS), HARVEY KEITEL, JUDE LAW, F. MURRAY ABRAHAM, JEFF GOLDBLUM, EDWARD NORTON, TOM WILKINSON, SAOIRSE RONAN ETC ETC ETC. MAS, O FOCO ESTÁ NOS PERSONAGENS DE RALPH FIENNES (SEN-SA-CIO-NAL!) E DO DESCONHECIDO GAROTO TONY REVOLORI.
INSPIRADO EM ESCRITOS DE STEPHEN ZWEIG (E, POR ISSO, A TRAMA É NARRADA COMO SE FOSSE A LEITURA DE UM LIVRO ANTIGO, COMEÇA NOS ANOS 80, REGRIDE PARA OS 60S E, DEPOIS, PULA PARA OS 30S, ONDE TRANSCORRE), ANDERSON NOS APRESENTA UMA HISTÓRIA DE CRIME E PERSEGUIÇÃO, COM MUITO BOM HUMOR, PASSADA NUMA EUROPA QUE NAO EXISTE MAIS. AQUELA, QUE ESTAVA SITUADA, SOBRETUDO, ENTRE AS DUAS GRANDES GUERRAS, REPLETA DE PAÍSES EXTINTOS (TCHECOESLOVAQUIA, IUGOSLAVIA ETC), ATRAVES DE UM LUGAR FICTÍCIO E UM HOTEL IDEM. E NOS DÁ CENAS QUE ATÉ ME LEMBRARAM POLANSKI EM 'A DANÇA DOS VAMPIROS' (UMA ABSURDA PERSEGUIÇÃO DE TRENÓ, P EX). SÓ SEI QUE, NO FIM, DEU VONTADE DE SAIR DANÇANDO A BALALAIKA QUE TOCA NOS CRÉDITOS DE ENCERRAMENTO =)
VOU REVER O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL...
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