Pular para o conteúdo principal

SPECTACULAR! SPECTACULAR!

Alguns posts abaixo falei pra vcs da comédia musical "Os produtores". Não sou fã de musicais, não daqueles brega espalhafatosos (minha escola é mais ópera-rock, tipo "Tommy", "Hair" e "Jesus Christ superstar"), mas gosto das versões mais pop do gênero, como "The producers" (de Mel Brooks, tô louco pra ver a versão da Broadway de "Jovem Frankenstein"), o "Spamalot" do Monty Python e o "Hairspray" (baseado em filme trash/cult de John Waters), pq tocam no meu lado de cinéfilo/fã de música, e envolvem canções menos grandiosas e com um pé no pop/rock.

Mas há uma exceção nessa regra: "The sound of music", ou, "A noviça rebelde". Qndo criança, odiava esse filme. Freiras, violão, criancinhas, gente cantando em vez de falar? Que saco! (rsrsr) Mas, com o tempo, fui aprendendo a (des)gostar. Primeiro, pela historia de superação (real) da família von Trap, que fugiu do nazismo na Áustria e se estabeleceu depois como uma famosa trupe de cantores nos EUA. Depois, pelas incríveis letras e músicas originais, que ficam para sempre em nossos corações e mentes. O filme acabou me ganhando, aos poucos, como já havia conquistado toda a minha familia, da vovó ao filhinho, três gerações.

Agora, chegou a peça musical, que estreou no Rio (que não é igual ao filme, está mais próxima da versão teatral original, ora em cartaz em Londres). A única coisa que posso dizer pra sintetizar é o que o mestre de cerimônias de "Moulin rouge" diz: Spectacular! Spectacular! Nunca se viu nada igual em termos de qualidade de produção num palco brasileiro (bom, não vi as montagens paulistanas de musicais estrangeiros). Não só o novo Casa Grande é de nível internacional, como a montagem tbm. Som cristalino, luz fantástica, elenco afiado e afinado, e a história é ainda mais forte que na versão mais açucarada do cinema. Não há quem resista.

É provável que, com as montagens cada vez mais freqüentes desse tipo de show por aqui, leve ao surgimento de uma nova linha de profissionais, atores que cantam e dançam, e parte técnica, o que só vai elevar o nível geral, e estimulará até mesmo a criação de mega musicais locais, tipo exportação. Sem contar que o novo teatro pode receber shows musicais de qualquer estilo e porte. Dá um banho, em termos de acústica, em qq casa de espetáculos da cidade. Aplausos mais do que merecidos para todos os envolvidos nessa empreitada (do ator mais coadjuvante à orquestra, tudo é perfeito) e pela aposta neles. Bravo! Bravíssimo!

*nas fotos, a noviça original do cinema, Julie Andrews (acima); e, abaixo, a brasileira Kiara Sasso e as crianças (foto de Aveda)

Comentários

  1. E eu achava q era só eu q tinha virado fã dA Noviça Rebelde...E o novo Indiana Jones só vou ver por sua recomendação. Adoro blogueiro q atualiza conteúdo, fideliza o leitor, muito bom pensar junto. Abçs, Leão!

    ResponderExcluir
  2. off spectacular: sabado passado, na minha ida semestral a barra, vi o show waterwall no claro hall. é um grupo italiano que faz uns lances bem loucos em frente a uma parede de agua que nao para de jorrar. furante uma hora, cerca de uma duzia de corpos super malhados (homens e mulheres) saltam, pulam, rolam, se penduram, num cenario que parece uma mina subterranea. a trilha é toda de eletronica pesada e a iluminação é feerica. funcionaria bem numa rave

    ResponderExcluir
  3. Que coincidência esse post. Minha namorada comprou o DVD em promoção e acabamos de assistir "A Noviça Rebelde" pela primeira vez. Gostei bastante. Sem contar que o DVD tem aquela cartela de "Intermission" no meio do filme (que dura três horas). Dá pra ir ao banheiro, comer alguma coisa e voltar 15 minutos depois sem se sentir cansado com a duração.

    Eu não sou vampiro, mas aquele pescoço da Julie Andrews... (acabo de levar um tapa no braço)

    ResponderExcluir
  4. a peça tbm tem intervalo, atlantic, pq dura quase tres horas e ainda tem tres numeros musicais que nao estao no filme, mas fazem parte do roteiro original. o unico problema do teatro é que os banheiros ficam no andar do mezanino, acima da plateia, e sao pequenos. entao, para mulheres, 15mins de intervalo nao é o bastante para fazerem as coisas e voltarem a tempo. ate pra mim foi demorado. mas isso é assim em qq parte, wcs nao sao prioridade num teatro, tem pouco uso diario

    ResponderExcluir
  5. Quero ver!

    the hiiiiiiiiiiills are alive! =D

    Um dia eu escrevo com o vianna, o igor e o andré um musical brasileiro...

    ResponderExcluir
  6. e diz a lenda que falabella ja esta adaptando hairspray para estrear no proximo semestre, tomara.

    ResponderExcluir
  7. fabio, comentei aqui no post de os produtores que hairspray estreia em outubro, em sao paulo, e ano que vem chega aqui. me contaram la no dia, gente da produção...

    ResponderExcluir
  8. Pô Tom...

    Como disse num post anterior, tenho NOJO de musicais...

    Um dos que me fizeram ter as nauseas foi Noviça Rebelde...

    Valeu pela dica, mas já basta minha esposa ter o DVD e assistir pelo menos uma vez a cada 3 meses!

    hehehehehehehe...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

DANCETERIA, UMA MODA FUGAZ

POR CONTA DO POST ANTERIOR (QUE ERA SÓ SOBRE CLUBES ALTERNATIVOS QUE MARCARAM A NOITE CARIOCA), ME PERGUNTARAM SOBRE OUTRAS CASAS, QUE, NA VERDADE, ERAM DE SHOWS, DANCETERIAS. ENTAO, VAMOS LÁ, RELEMBRA-LAS. ANTES: VALE NOTAR QUE O NOME 'DANCETERIA' FOI IMPORTADO DE UMA CASA QUE TINHA ESSE NOME EM NOVA YORK, NOS ANOS 80. ALGUEM TROUXE PRA CÁ (ACHO QUE COMEÇOU POR SP) E ACABOU VIRANDO SINONIMO DE UM TIPO DE LUGAR, QUE MISTURAVA PISTA DE DANÇA COM UMA ATRAÇÃO AO VIVO NO MEIO DA NOITE. METROPOLIS = A PRIMEIRA COM ESSAS CARACTERISTICAS NO RIO FOI A METROPOLIS, EM SAO CONRADO, QUE, ASSIM COMO O CUBATÃO, TBM ABRIU NA SEMANA/MES EM QUE ACONTECIA O PRIMEIRO ROCK IN RIO, JANEIRO DE 1985. COMO O NOME INDICA, SEU LOGOTIPO E SUA DECORAÇÃO IMITAVAM O ESTILO DO CLASSICO SCI-FI DE FRITZ LANG, INCLUSIVE COM PASSARELAS NO MEIO DELA, QUE REMETIAM ÀS PONTES MOSTRADAS NO FILME. SÓ QUE TUDO COM NEON, CLARO. A METROPOLIS FOI PALCO DE MUITOS SHOWS DE BANDAS QUE NAO FAZIAM O PERFIL DO CIRCO VOADOR, PQ

ROCKS TARDES DE DOMINGO...

  LÁ VAMOS NÓS PARA MAIS UM PASSEIO PELA MEMORY LANE, CUJO GATILHO FOI ATIVADO POR UMA MÚSICA. ESTAVA OUVINDO O ÁLBUM DE 40 ANOS DO KISS, QUANDO ROLOU 'DO YOU LOVE ME'. NA HORA, VIERAM MONTES DE LEMBRANÇAS QUE PASSEI AO SOM DESSA MUSICA (E TBM DE ROCKN ROLL ALL NITE) NOS BAILES DE ROCK QUE ROLAVAM AOS DOMINGOS NO CLUBE DE REGATAS GUANABARA, EM BOTAFOGO, COMANDADOS PELA EQUIPE META-SOM, DO DJ ANIBAL. DE 6 AS 10PM.   EU MAL DEVIA TER 12, 13 ANOS QUANDO COMECEI A FREQUENTAR O BAILE, O PRIMEIRO A QUE FUI, SOZINHO, SÓ COM AMIGOS. E, COMO DUROS QUE ÉRAMOS, GERALMENTE ENTRÁVAMOS DE PENETRA, PULANDO GRADES E MUROS EM VOLTA DO CLUBE. DEVO TER PAGADO APENAS MEIA DUZIA DE VZS, EM, SEI LÁ, DOIS ANOS. ERAM MEADOS DOS 70S. O ROCK MANDAVA. MAS A FESTA COMEÇAVA, INVARIAVELMENTE, COM 'DANCING QUEEN', DO ABBA, QUE ERA CONSIDERADA UMA BANDA ROCK, JA QUE AINDA NAO EXISTIA A DISCO MUSIC E O CONCEITO DE POP/ROCK ERA AMPLO.   E, COMO QUALQUER BAILE DE FUNK E SOUL DA ÉPOCA (QUE ROLAVAM DO OUTR

blue velvet

Os posts aqui surgem do nada, out of the blue, como em hiperlinks da internet. e nessa de relembrar coisas aleatoriamente, apareceu num dos sites de torrents que frequento um filme chamado "little girls blue". que foi o meu primeiro porno. e, como diz a frase daquele anuncio, a gente nunca esquece do primeiro. principalmente em se tratando disso, numa epoca em que tudo poraqui era proibido. entao, no começo dos 80´s, quando o país ainda era uma ditadura, tive contato com esse filme. Sabadão, fui na casa de um bro no jardim botanico fazer chill in pra noitada. o cara tinha um telao em casa e um aparelho de vhs gigantesco com retroprojeçao (soube mais tarde q o pai dele era diretor da grobo, dai os equipamentos, que, entao, eram de ponta total, o vcr caseiro ainda nao era uma realidade). la, ele tinha uma meia duzia de fitas, todas piratas, claro, entre as quais um show (sei la, acho q era woodstock), clipes da mtv, o famoso caligula e o little girls blue. como esse era mais cu